A segunda edição do Festival Internacional de Cinema Ruídos Queer+ (FIRQ+) traz a Pelotas, a partir desta quarta-feira (23), às 19h, uma programação intensa e gratuita que se estende até a sexta-feira. Ao longo desses três dias, além da exibição de 28 filmes curtos no Cine da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), rua Lobo da Costa, 447, o evento vai promover debates e oficinas e encerramento será com as premiações. Os ingressos podem ser retirados pelo site Sympla, clicando aqui.
O Festival Ruídos Queer é uma iniciativa da Coletiva Transperformática Ruidosa Alma, com o objetivo de promover a visibilidade de narrativas LGBTQIAPN+ no audiovisual e fortalecer espaços de escuta, acolhimento e criação dissidente. A iniciativa surge da parceria entre a cantora e compositora Sabiá com a produtora cultural, bailarina e curadora Ruya Carlo.
Nesta edição os filmes serão premiados em 11 categorias, totalizando R$18,8 mil em reconhecimentos. As obras serão exibidas nos turnos da tarde e noite. A programação completa pode ser encontrada no perfil @ruidosqueer pelo Instagram.
Sessões temáticas
A primeira edição ocorreu no ano passado, em São José dos Campos, interior de São Paulo. O FIRQ+ é uma proposta de festival inclusivo e engajado com as questões sociais e econômicas que envolvem as vivências LGBTQIA+.
Na primeira edição a mostra competitiva recebeu 220 inscrições, nesta foram mais de 1,3 mil obras. “A gente expandiu muito o alcance do festival. Vamos exibir essas 28 produções com realizadores de 12 países, que vão estar integrando a nossa programação nesses próximos três dias”, comenta Sabiá.
A curadoria do Festival ficou a cargo de sete pessoas, com Sabiá na direção de curadoria, que ao longo de quatro meses fez a seleção das obras. “A gente então recebeu esses filmes, dividimos entre esses curadores e asseguramos que os filmes fossem avaliados por pelo menos dois curadores. E aí montamos as quartas de final, fomos tirando os nossos preferidos e chegamos nessa lista de 28 títulos”, conta.
O Festival está organizado em seis sessões temáticas que abordam questões como afetos, saúde, dissidências de gênero, sexualidade, espiritualidade e família. Cada sessão será seguida por debates com realizadores e curadores convidados.
“Temos uma sessão que se chama Tramas Parentais, onde a gente tem produções que vão trazer à tona questões familiares, enviadas por pessoas LGBT no Brasil e no mundo. Temos também o Corpo-fronteira, que é uma sessão que vai abordar questões de saúde, o limite entre o adoecimento e a cura. E também temos sessões que vão falar também da festa, dos ritos, das encantarias, sabedorias e espiritualidades LGBTs”, comenta a produtora sobre algumas das temáticas.
Lançamento do e-book
Durante o Festival também será lançado o e-book sobre a primeira edição. A obra é o resultado das ações desenvolvidas no ano passado. O livro virtual é focado em mediar a experiência audiovisual que aconteceu na primeira edição, abordando quais foram os temas e quais as propostas que surgiram. “A gente apresenta propostas pedagógicas para que as pessoas possam trabalhar esses temas”, comenta a artista.
O e-book desta edição em Pelotas está sendo produzido pelo integrantes do projeto de Extensão, Transpoéticas, coordenado pela professora Eliane Pardo, da UFPel.
Oficina
Dentro da programação formativa do Festival, hoje, das 14h às 18h, ocorre a Oficina de Produção Audiovisual com Adler Flores. O encontro, no Cine UFPel, é aberto ao público em geral e também é gratuito. As vagas são limitadas e a emissão de 50 certificados presenciais é mediante inscrição, via link (clique aqui), e participação integral na oficina.
Apresentação musical
Hoje, na abertura, e sexta-feira a cantora Leu Kalunga fará uma apresentação musical, no mesmo local do evento, às 19h. Multiartista, afro-indígena, nordestina e estudante de Música na UFPel, a artista faz vibrar os palcos do sul com seu forró alegre e seu R&B com alma e força autoral.