“Despir as canções e explorar todas as sonoridades do formato de voz e violão”

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“Despir as canções e explorar todas as sonoridades do formato de voz e violão”

Rafa Noleto - Cantor e professor

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“Despir as canções e explorar todas as sonoridades do formato de voz e violão”
Rafa Noleto também leciona música na UFPel (Foto: acervo pessoal)

Rafa Noleto é cantor, compositor, antropólogo e professor universitário. Iniciou sua carreira musical em Belém (PA) em 2001, participou da Banda Nã em São Paulo e lançou o álbum Farpa em 2016. Em 2023, lançou seu primeiro disco solo, Cantositor, e prepara o próximo trabalho, Canções Despidas, em parceria com o violonista Gustavo Otesbelgue. É doutor em Antropologia pela USP e leciona no curso de Música da UFPel, no Rio Grande do Sul.

O que o público pode esperar do show de pré-lançamento com o Gustavo Otesbelgue?
Um show que integra repertório autoral aos grandes clássicos da MPB. Vamos mostrar minhas canções e composições instrumentais do Gustavo em números de violão solo. Estreamos o show Canções Despidas na Sala Carmen Biasoli com o repertório integral do álbum que lançaremos até o fim do segundo semestre. Agora, no show no Utopia, seguimos o pré-lançamento, acrescentando canções de outros compositores da MPB que nos influenciaram.

Como você define o som do seu novo álbum em poucas palavras?
Canções Despidas tem uma sonoridade camerística. A ideia é aliar o estilo das minhas composições ao sotaque do violão gaúcho do Gustavo Otesbelgue. No Cantositor, as músicas foram gravadas com baixo, guitarra e bateria. Agora, neste novo álbum, buscamos despir as canções e explorar o formato de duo de voz e violão, transitando entre o erudito e o popular.

Qual a importância das parcerias nas tuas composições?
Componho desde os 17 anos, sempre sozinho, ao piano ou violão. Só agora em 2025 tive meu primeiro parceiro musical, Marcelo Sirotheau, com quem fiz Anjo de Porão, ainda inédita. Pretendo gravá-la até o fim do ano. Quero ampliar parcerias e trazer colaborações de amigos músicos do Brasil. Ter parceiros musicais oxigena a obra e enriquece o processo criativo.

Que lembranças guarda do processo de criação do primeiro álbum?
Tenho ótimas lembranças do Cantositor, produzido por Bruno Chaves. Todas as faixas foram tocadas por ele, Mini Ribeiro (baixo) e Gabriel Soares (bateria), com participações de Gustavo Mustafé, Gabriel Redü e Gustavo Otesbelgue. Lembro das gravações com carinho, da troca de ideias e do prazer de transformar meu universo cancional em uma linguagem com sotaque de rock e roupagem tropicalista. Agora essas canções ressurgem despidas no duo com Gustavo.

O que representa levar esse trabalho para Salvador e Aracaju?
É uma alegria imensa levar minha voz para Salvador e Belém. Em Salvador, canto no show Vozes Bárbaras, na Casa da Mãe, com Carlos Barros, reinterpretando Gal Costa e Maria Bethânia — influências presentes na minha trajetória musical e acadêmica. Depois, sigo para Belém, onde lanço o single Visita (Marcelo Sirotheau e Zé Maria Siqueira), gravado em 2024 e produzido por Delcley Machado. Marcelo e eu dividiremos o palco com artistas das nossas trajetórias.

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