Com 243 estandes divididos entre 157 expositores, quem visita a 31ª Fenadoce pode aproveitar para conhecer lojas de cidades de diversas localidades do Estado, e inclusive, de Pelotas em um único local. A multifeira, espaço dedicado ao comércio em geral no evento, oferece ao público produtos exclusivos e de diferentes origens, bem como aos comerciantes a chance de alcançar milhares de pessoas.
Como um dos eventos mais importantes do Rio Grande do Sul, a Fenadoce atrai empreendedores de diferentes tamanhos que buscam consolidar suas marcas e alavancar as vendas durante a feira. Grande parte desses expositores, como as malharias da Serra Gaúcha, já são atrativos consolidados há várias edições da feira. E o público sabe que encontrará ali produtos únicos e característicos da região.
Além das roupas, calçados e acessórios, os estandes têm os mais variados tipos de produtos, que vão desde cobertores, tapetes, sabonetes e velas, até facas, brinquedos e customização de artigos para chimarrão. Um dos estandes de produtos exclusivos, é o da Fátima Campos. Com uma loja de roupas e itens de presentes que estampam expressões típicas do linguajar dos gaúchos e exaltam o bairrismo, a comerciante de Porto Alegre trouxe a loja para a Fenadoce pela segunda vez. “O nosso objetivo é também mostrar os nossos produtos e o nosso trabalho com camisetas, vestidos, moletons, canecas, tudo em uma pegada gaúcha”.
Após a última edição da feira, Fátima conta que ela e a sócia decidiram participar novamente do evento, motivadas pelo acolhimento recebido e pelos bons resultados das vendas em 2024. “O pessoal aprecia os produtos, a gente se sente bastante valorizado aqui. E temos muito carinho por essa feira tão doce”, ressalta. Sobre a primeira semana da 31ª Fenadoce, a empreendedora salienta ter superado o volume de comercialização ante ao mesmo período do ano passado.
“Este ano está melhor a quantidade de pessoas, até porque a enchente no ano passado deixou as pessoas mais reclusas. O pessoal está vindo para visitar e comprar”. A meta para 2025 é finalizar a Fenadoce com um aumento de pelo menos 20% nas vendas. “O bairrismo é forte, o pessoal se identifica ou identifica alguém”.
O sucesso das malhas
Entre as várias malharias da Serra Gaúcha presente na multifeira, uma em especial é veterana na Fenadoce, onde já soma 11 anos de participação. Diante da movimentação de clientes, o empreendimento ocupa dois estandes para proporcionar provadores e mais espaço para o público.
Conforme a gerente de vendas Eloísa Almeida, a loja conquista pela exclusividade das peças e pelo preço mais acessível. “Vem direto da fábrica para o consumidor, então o valor é menor. A maioria das são peças exclusivas, até com tecidos exclusivos”. A vendedora conta que havia receio de que a mudança na data da feira impactasse negativamente nas vendas, devido às baixas temperaturas já terem passado, no entanto, ela foi surpreendida pelo crescimento na movimentação do público, principalmente em dias de semana.
“Os últimos dias foram bons e hoje está surpreendendo pela quantidade de público. E isso é muito bom para nós”. Eloísa afirma ainda que o investimento no aluguel de dois estandes tem valido a pena em todas as edições, pois o retorno em vendas supera o custo. “Vale o investimento porque tem retorno.
Apesar da grande movimentação de visitantes na tarde de ontem em todos os corredores da feira, o fluxo em estandes de malharias e de roupas era um dos mais intensos em comparação a outros empreendimentos. Com uma loja em Pelotas especializada em malhas da serra, Gabriela Alves participa pelo quarto ano consecutivo da feira e destaca os resultados positivos que a busca pelo setor de vestuário no evento tem acarretado.
“As vendas estão boas desde o primeiro dia, tem bastante movimento, claro que alguns dias compensam mais do que outros, mas está muito bom. No final de semana, tinha fila aqui dentro da loja”.
De acordo com Gabriela, em um dia bem movimentado de clientes, geralmente aos finais de semana, ela comercializa entre R$ 16 mil e R$ 17 mil, já em dias de semana, as vendas alcançam entre R$ 3 mil e R$ 4 mil diariamente. “Mandei buscar mais mercadoria, porque estou apostando que será melhor. A data ficou bem melhor por causa do clima, o pessoal sai para passear”.
A empreendedora remete o sucesso de público dos estandes de malharias na Fenadoce por se tratar de roupas que não são encontradas facilmente em lojas de departamento. Mas acima de tudo, pela qualidade das peças. “Muitas roupas eu já não tenho mais, foram todas vendidas. As peças de qualidade são o diferencial, eu trabalho com várias malharias de farroupilha, e isso proporciona para a cliente o vestir-se bem, é o caimento, a duração, essa é a diferença”.