O lançamento da ex-prefeita de Pelotas Paula Mascarenhas como pré-candidata ao governo do Estado pelo PSDB movimenta as peças do xadrez que definirá o próximo governador gaúcho.
Inicialmente considerada uma candidata natural à Assembleia Legislativa, o caminho de Paula para o Piratini passa por se firmar como uma sucessora natural do governador Eduardo Leite (PSD), do qual foi vice-prefeita. Por enquanto, o candidato que tem o apoio de Leite é o seu vice-governador Gabriel Souza (MDB).
Presidente estadual do PSDB, ela afirma que a indicação como pré-candidata foi uma surpresa e que é um momento de turbulência após a saída do governador e o fim do processo de fusão com o Podemos.
“Senti como uma responsabilidade minha aceitar esse desafio porque isso vai fortalecer o PSDB, vai unir as lideranças e vai dar de novo um sentido de coesão que é importante para o partido”, disse. “Ao mesmo tempo, nos coloca como protagonistas na corrida eleitoral do ano que vem”.
Paula lembra que sua candidatura vai para discussão com outros partidos que estão na base do governo, como o MDB, o PDT e o PP. “É legítimo que um ano antes das eleições os partidos coloquem os seus nomes”, diz.
Além disso, nos últimos dias surgiu a tendência de uma disputa interna no PSDB após lideranças nacionais do partido apontarem o prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata, atualmente no PDT, como candidato ao governo, após uma reunião na semana passada em que ele foi convidado para se filiar ao partido.
Paula afirma que ficou sabendo da aproximação de Maranata pela imprensa. “Até estranhei que uma liderança que é respeitável, bom prefeito da cidade de Guaíba, não tenha procurado a direção estadual para se filiar ao partido, foi direto à nacional”, disse.
Ela diz que as portas estão abertas e que aguarda o contato de Maranata para avançar o diálogo. “Até porque queremos novas lideranças para fortalecer o partido e construir nominatas competitivas a estadual e a federal”, disse.
