A região vai receber mais R$ 53,6 milhões, via PAC, para investimentos estruturantes em saúde. O avanço é fundamental para implementar, na prática, uma outra tendência de perfil que Pelotas vem implementando: ser um polo regional de saúde. Mais do que referência em atendimentos para os outros municípios, caminha-se para ser um local centralizador, a nível de Estado, de consultas, cirurgias e internações, mas também de inovação e formação de mão de obra extremamente qualificada.
A tendência é gerada por um tripé de fatores: infraestrutura, pessoal e localização geográfica. Com os dois novos hospitais que estão sendo construídos, somado à policlínica que será implementada através do PAC, a região do prolongamento da avenida Bento Gonçalves será fundamental para isso. O novo Pronto Socorro, o novo Hospital Escola da UFPel e a policlínica poderão trabalhar juntos em uma proximidade geográfica excepcional. Soma-se a isso a possibilidade de fazer da rodoviária um ponto de apoio para isso, afinal, espaço é o que não falta e o local precisa de um melhor uso nas suas incontáveis salas vazias.
Mas isso possui uma grande cereja do bolo: a capacidade de formação de pessoal e inovação. O hub de tecnologia na saúde que vem se criando pelas universidades, parque tecnológico e empresas é o fator que pode ser preponderante na transformação do setor na região. Hoje já temos empresas referências nacionais – Lifemed e Freedom são dois grandes exemplos – e diversas startups estão no limiar de criar a próxima grande ideia.
A formação de pessoal, em paralelo, é outra grande valência. Precisamos agora evoluir em alguns pontos para tornar a empregabilidade atrativa para os profissionais. Hoje, ainda exportamos muita mão de obra na área da saúde e cérebros que pensam o setor. No entanto, tudo está conectado: se tudo funcionar, o ambiente naturalmente ficará mais atraente. E as coisas tendem a funcionar melhor. É mais um trem positivo passando no nosso pátio e precisamos embarcar nele.