Conexão ACP analisa crédito de carbono como moeda verde a empresas

Meio Ambiente

Conexão ACP analisa crédito de carbono como moeda verde a empresas

Palestra contou com a participação dos especialistas Paulo Tigre e Andrei Russo

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Conexão ACP analisa crédito de carbono como moeda verde a empresas
Os especialistas da Código Verde ESG, Paulo Tigre e Andrei Russo, foram os palestrantes da noite. (Foto: Divulgação)

Como a moeda verde pode movimentar negócios de forma inteligente e sustentável foi assunto abordado em encontro do Conexão ACP, que recebeu os especialistas da Código Verde ESG, Paulo Tigre e Andrei Russo, na noite da última terça-feira. A atividade, voltada a empresários, produtores rurais e interessados no tema, apresentou possibilidades de monetização para créditos ambientais.

Conforme os consultores, os principais desafios enfrentados no mercado brasileiro estão as exigências ESG (conjunto de práticas Ambiental, Social e Governança) crescentes nas exportações; ausência de selo verde confiável e validado; mercado de carbono fragmentado e sem transparência e indústrias com dificuldade de monetizar créditos ambientais.

Entre as oportunidades, constam a demanda global por sustentabilidade; mercado validado em mais de 900 bilhões de dólares; conformidade ambiental como diferencial competitivo. Um dos principais setores que podem se beneficiar da moeda verde são o agronegócio e a construção civil.

Produtores de arroz da região sul podem se beneficiar a partir de projetos que geram crédito de carbono a partir de biomassa produzida da casca de arroz. “Para o mercado de arroz é trazer uma rastreabilidade que ainda não se possui tanto para o mercado brasileiro como internacional através do selo verde Código Verde”, explica Russo.

Conforme o palestrante, outro ponto a ser destacado é a geração de receita em áreas que trazem despesas. “Um exemplo é a CPR Verde ou crédito de carbono, podendo beneficiar tanto produtores como a indústria. Além disso, a aceitação do produto no mercado internacional é muito maior principalmente para o mercado europeu e asiático”, complementa.

Dificuldades versus benefícios

Russo destaca que atualmente, a principal dificuldade segue sendo a falta de conhecimento sobre o tema, por isso a importância da iniciativa da ACP, Wiser Pelotas e Sindapel. “Por este fato adicionamos o E no ESG de economy, para desmistificar, mostrar retorno financeiro e benefícios diretos e indiretos para a empresa ou investidor”, pontua. Na avaliação do palestrante, o tema ainda engatinha no Brasil e tem grande espaço para o crescimento.

Sobre os benefícios, Russo reforça que além dos ganhos financeiros, existem os institucionais que podem alavancar a empresa ou propriedade a patamares de economia global. “Da mesma forma, cria uma agenda positiva na busca de incentivos junto as entidades públicas, no desenvolvimento regional com crescimento sustentável”.

Segunda Edição

Sucesso na edição de 2024, a ACP, a Wiser Pelotas e o Sindapel apostaram em trazer novamente o tema para debate devido à boa adesão e as diversas dúvidas que surgiram do primeiro encontro. “Convidamos uma empresa de Porto Alegre para conversar desta vez. Já temos uma legislação federal para a venda e compra de crédito de carbono”, explica o presidente da Associação Comercial de Pelotas (ACP), Fabricio Cagol.

Cagol antecipa que ainda neste segundo semestre uma nova rodada deverá ocorrer visto a relevância do tema, assim como as diversas etapas existentes entre cálculos de emissão, como fazer a compensação ambiental, formas de sustentabilidade e de manutenção de um meio ambiente ecologicamente equilibrado.

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