“Seria um sonho ter duas equipes da cidade disputando a elite do futsal”

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“Seria um sonho ter duas equipes da cidade disputando a elite do futsal”

Eogenio Vaz - presidente da União Riograndina de Futsal (URF)/Vanzin

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Atualizado quarta-feira,
16 de Julho de 2025 às 11:42

“Seria um sonho ter duas equipes da cidade disputando a elite do futsal”
Eogenio Vaz vê com bons olhos a presença de duas equipes rio-grandinas na Série Ouro. (Foto: João Victor)

A União Riograndina de Futsal (URF)/Vanzin vive um momento decisivo na Série Prata de futsal. Com dois confrontos diretos nas últimas duas rodadas a equipe depende de si para seguir na luta por uma vaga na elite do futsal gaúcho. O presidente Eogenio Vaz vê com bons olhos a presença de duas equipes rio-grandinas na Série Ouro e pensa na profissionalização do clube para 2026.

Como foi o processo de formação do elenco da URF para essa temporada?

Convidamos mais alguns atletas para integrar o grupo, tentando seguir a mesma linha do primeiro ano: uma mescla de jogadores mais experientes com uma mudança bem significativa, que foi a inclusão de muitos meninos jovens. Estamos falando de atletas com 19, 18 e até 17 anos. Fizemos uma reformulação grande no grupo, e, mesmo sendo uma equipe que não é remunerada, adotamos uma linha com mais exigências, tanto na parte da comissão técnica quanto com os atletas.

A primeira fase da Série Prata está se encaminhando para um momento decisivo. Como está sendo a preparação para esses últimos jogos?

A nossa preparação este ano está sendo mais intensa que nos anos anteriores. Estamos com um trabalho específico para goleiros fora dos dias regulares de treino — que seguem às terças e quintas. Este ano, estamos utilizando o ginásio Farydo Salomão, com exceção do último jogo, quando, por alguns imprevistos, voltamos a jogar na nossa antiga casa, o IAC. Mas no dia 9 já retornamos ao Farydo.

Estamos intensificando bastante os treinos, com uma nova comissão técnica e um novo preparador físico, o Wendell Barroco, que está se adaptando ao futsal. Ele é um profissional conhecido na cidade, com passagens por clubes do Gauchão. Ele traz uma metodologia inovadora, e a preparação está bem forte para esses dois últimos jogos da fase classificatória até aqui.

Quais os maiores desafios de um clube de futsal do interior, sobretudo da Zona Sul?

As maiores dificuldades dos clubes do interior, principalmente da parte de baixo da Zona Sul, estão ligadas à profissionalização. Poucos times têm esse nível — talvez só o ABF. Acredito que nem a ATF tenha ainda. A maioria joga por amor ao clube, e esse amadorismo acaba nos prejudicando frente às outras equipes.

Outros times têm caixa para pagar, talvez não 100% dos atletas, mas é uma realidade diferente da nossa. Tu nos conhece desde o primeiro ano, e sabe que nossa linha é fortalecer ao máximo a parte operacional. Para o próximo ano, já estamos buscando recursos e estrutura visando a profissionalização do grupo. A ideia é profissionalizar tudo: comissão técnica e atletas.

Queremos que a URF siga essa linha, profissionalizando todo o processo do futsal, do planejamento até o atleta. Já estamos trabalhando nisso há um ano, amadurecendo a ideia antes de buscar o recurso. Não estamos com pressa, mas as dificuldades existem.

Qual a diferença dessa temporada para as últimas? 

A principal diferença desta temporada para as anteriores está no chaveamento, que foi regionalizado. Isso ajuda muito com os custos de deslocamento, tanto para nós quanto para os outros times. E, com isso, a nossa chave acabou ficando mais equilibrada.

Então, essa regionalização deixou nossa chave mais nivelada. Sabemos que nossa região tem muitos atletas bons. Agora, o foco é trabalhar firme para tentar dar esse salto e conquistar a vaga na Série Ouro, seria um sonho ter duas equipes da cidade disputando a elite do futsal e valorizando ainda mais o esporte em Rio Grande.

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