Representantes do Esporte Clube Pelotas estarão presentes no Conselho Técnico, na sede da Federação Gaúcha de Futebol, no próximo dia 30 para definir a participação do clube na Copa da FGF.
Diretor de futebol, Carlos Augusto Tavares confirmou em entrevista ao programa Resenha Esportiva desta quarta-feira (16), que a direção áureo-cerúlea oficializou a intenção de jogar. O prazo final foi encerrado na última terça-feira.
O dirigente contou que na noite da segunda-feira ocorreu uma reunião para definir o assunto ao lado do presidente Rodrigo Brito, dos vices Vinícius Conrad e Walter Carvalho e do diretor esportivo Daniel Carvalho.
As duas próximas semanas será de busca por captação de recursos para tentar viabilizar a participação do Lobo na Copinha. Tavares admite não ser favorável que o Pelotas jogue neste segundo semestre. Ele destaca ser uma competição pouco atraente, mesmo valendo vaga ao campeão na Série D do Campeonato Brasileiro do ano que vem.
“O campeonato em si é muito fraco, sem repercussão, sem atração. Leva a uma Série D, que também é amplamente discutida pelos custos que gera e pela ajuda que tem, em torno de R$ 400 mil para jogar sete jogos fora e sete em casa. O custo é altíssimo. Foi retirada a [vaga na] Copa do Brasil, que era o olhar maior dos clubes pelas cotas que tem”, disse.
Bicampeão da Copa FGF, o Pelotas não disputa desde 2023, quando foi eliminado nas quartas de final pelo São Luiz. A edição 2025 está agendada para inicia dia 24 de setembro com encerramento no máximo dia 7 de dezembro.
“Dificuldades para entrar em campo”
Tavares projeta poucos clubes interessados em jogar a Copinha neste ano. Ele argumenta os inúmeros gastos para disputar uma partida, além da necessidade de montar um novo elenco, mesmo que o plano seja contar com vários atletas do Estadual Sub-20.
“Perdeu muito o brilho. Acho que terão poucos clubes. Agora estão com essa mania de só jogar um turno. Fora isso, temos taxas que para entrar em campo tem que pagar R$ 3,7 mil [nos jogos em casa]. Além disso, temos que contratar de 20 a 25 jogadores, uma média de R$ 1 mil a inscrição de cada um”, lamentou.
Ele cita outros gastos como cozinha, moradia, água, luz e viagem, além de uma folha salarial que não baixa de R$ 50 mil, mais os encargos incluídos em contratos de trabalho.
“Presumo muitas dificuldades para entrar em campo. Não sei se todo esse esforço hercúleo por esse tipo de campeonato vai ajudar alguma coisa para o ano que vem, já que o mote maior do Pelotas é a segunda divisão [do RS], não a Série D”, afirma.
“O Campeonato Gaúcho é queira ou não queira o nosso grande objetivo. Além disso temos uma cota de R$ 1 milhão. Eu acho que o Pelotas tem até o fim do ano muito tempo para se ajustar, muito tempo para pagar coisinhas que são várias pequeninhas”, complementou.