A duplicação da BR-293 – trecho da avenida Presidente João Goulart até o Centro de Eventos Fenadoce – e a reforma da ponte Alberto Pasqualini, conhecida como “ponte velha”, devem avançar no segundo semestre. Em entrevista ao programa Debate Regional, da Rádio Pelotense, o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Pelotas, Vladimir Casa, afirmou que os editais de ambos devem sair ainda em 2025.
Conforme Casa, a duplicação da João Goulart está prestes a entrar na fase de contratação do projeto executivo. A obra abrange desde a Avenida Duque de Caxias até o Centro de Eventos da Fenadoce, incluindo também os trechos urbanos do Capão do Leão, tanto pela BR-116 quanto pela BR-293.
“Estamos bem próximos de lançar a licitação para fazer o projeto, que deve se estender ao longo de 2026”, explicou.
Ponte do São Gonçalo
Em relação à ponte Alberto Pasqualini, que liga Pelotas a Rio Grande pela BR-392, o Dnit espera lançar ainda neste segundo semestre a licitação para as obras de recuperação e reforço da estrutura. Construída na década de 1970, a ponte apresenta problemas estruturais nas vigas, que serão reforçadas e alargadas. A intervenção exigirá também reforços nos pilares e nas fundações, mesmo que essas partes estejam em bom estado.
“O orçamento dessa obra é extremamente complexo. […] Nós temos hoje um valor, que ele é sigiloso, porque a licitação vai ser feita dessa forma [fechada], mas nós temos esse valor. O próximo passo agora é exatamente a elaboração do edital e termo de referência para licitar. Então eu estou imaginando que agora no segundo semestre nós finalmente vamos ter condições de abrir a licitação”, explica.
Nos últimos dias, o Dnit concluiu a matriz de risco da obra, etapa fundamental para a elaboração do edital. Apesar do avanço significativo, Casa evita criar expectativas quanto ao início efetivo das obras. “Eu não vou aqui criar nenhuma expectativa. […] Essa licitação vai estar na praça, ela vai ser lançada […] ali mais para novembro, dezembro”, argumenta. Conforme ele, caso o recurso seja empenhado corretamente a obra deverá durar cerca de 18 meses.
Competitividade e segurança
A recuperação da ponte Alberto Pasqualini é considerada estratégica para o desenvolvimento da região, solucionando um gargalo logístico para o porto de Rio Grande, além de representar maior segurança aos motoristas. Atualmente, a ponte Léo Guedes – inaugurada em 1975 – é a única ligação rodoviária de Rio Grande com o restante do Estado, concentrando todo fluxo de veículos leves e pesados.
“É muito importante a conclusão dessa obra […] A ponte de Rio Grande é a que conecta todas as áreas produtivas relevantes do Estado, exceto a rota para Santa Vitória do Palmar, com o abastecimento do porto e do porto trazendo tudo que os gaúchos precisam. Então ficar no risco de uma única ponte de Pelotas é realmente uma necessidade alterada”, afirmou Fernando Estima, gerente de Planejamento e Desenvolvimento da Portos RS, em entrevista recente.
Obra quase aconteceu
Em 2011, com as obras dos lotes 2 e 3 da BR-392 a todo vapor, o Dnit anunciou que a reforma da ponte seria iniciada, com cronograma de serviços até dezembro do ano seguinte. Na época, Casa era o superintendente geral do órgão no Estado.