Com a licitação para a construção dos blocos 1 e 2 do novo Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE-UFPel) concluída, as obras já estão em andamento, e visam aprimorar o atendimento hospitalar e as atividades de ensino e pesquisa. O projeto deve impactar uma população de mais de um milhão de pessoas em 27 municípios. Os dirigentes atualizaram o processo em entrevista ao Jornal da Tarde na Rádio Pelotense.
Ricardo Peter, gerente administrativo do HE-UFPel, aborda o progresso da obra e os objetivos da expansão. “É um objetivo da Universidade Federal de Pelotas e do Hospital Escola ter uma sede própria, remodelada”, afirma Peter.
O projeto, incluído no Novo PAC, representa um investimento federal de R$ 265 milhões. A capacidade atual do Hospital Escola é de 170 leitos. Com a conclusão dos blocos 1 e 2, esperada para outubro 2028, a projeção é de 270 leitos, um aumento de 60%. Peter enfatiza o alcance do projeto: “É para toda a comunidade, não só os pelotenses como toda a região, em um total de 27 municípios, totalizando mais de 1 milhão de pessoas”.
Peter também comenta sobre os desafios na gestão do projeto. “A maior dificuldade foi reunir os interessados e envolvidos no hospital, incluindo os nove cursos da saúde que atuam diretamente, para que as necessidades de cada um fossem atendidas”, explica. Segundo ele, o foco é estabelecer fluxos e estruturas adequadas para pacientes, acadêmicos e residentes, reforçando as funções do HE-UFPel em ensino, pesquisa e assistência. “Com o local definido e o recurso garantido, temos a oportunidade de executar a obra”, complementa.
Tiago Collares, superintendente do HE-UFPel, aponta o impacto da obra na região e a projeção para o futuro tecnológico da instituição. Collares indica que o empreendimento pode dinamizar a área. “A obra vai dinamizar a região do prolongamento da avenida Bento Gonçalves, impulsionando a revitalização da área da Rodoviária, onde já estão o hemocentro e o pronto-socorro, além do nosso hospital federal”, informa.
Detalhes
O novo Hospital Escola da UFPel fica na Rua Almirante Guilobel, em um prédio atrás da rodoviária. Sobre a tecnologia, Collares menciona a integração de inovações. “O futuro próximo prevê a integração de tecnologia nos hospitais, como robotização, inteligência artificial e biotecnologia, para a realização de cirurgias”, afirma. Ele destaca que a inovação não se restringe apenas à saúde, mas envolve também engenharias e questões ambientais. “É fundamental que estejamos atualizados com essas tecnologias”, salienta.
Collares descreve a gestão hospitalar como um “ecossistema complexo”, onde a busca por recursos se complementa com a inovação. “A Ebserh é uma rede de hospitais, e a universidade possui reconhecimento internacional. Com a nova estrutura, prevista para outubro de 2028, teremos um aporte”, conclui o superintendente.