A prefeita de Rio Grande Darlene Pereira (PT) foi uma das entrevistadas do programa Debate Regional, da rádio Pelotense. Na oportunidade, a chefe do executivo, além de avaliar os primeiros seis meses de mandato, detalhou as principais ações que estão sendo desempenhadas pelo seu governo, os desafios e os investimentos em vista.
Um dos primeiros pontos abordados foi a situação do transporte coletivo, que é operado na cidade através de contrato emergencial com a empresa Transpessoal. A gestão anterior chegou a dar início ao processo licitatório do serviço, no entanto, não pode ser efetivado por ter problemas e ter sido encaminhado para análise do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Segundo a prefeita, uma equipe da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), também está revisando o termo de referência que vai para a licitação, com a expectativa que o processo seja encaminhado até o final do ano. Até lá, o Município renovou com a permissionária do serviço por mais 12 meses.
Infraestrutura viária
Na segunda-feira, 7, em visita do governador Eduardo Leite, as obras de duplicação da ERS-734 foram vistoriadas. A via é a principal ligação entre o centro da cidade e o Balneário Cassino, sendo um dos principais gargalos de trânsito no município. Na avaliação da prefeita, as notícias foram boas, com a perspectiva de contar com as vias concluídas no final do ano e a entrega da parte complementar até o final do primeiro semestre de 2026, mesmo que isso tenha significado o adiamento de alguns prazos que já tinham sido definidos pelo governo estadual.
Outra obra importante para a mobilidade urbana em Rio Grande é a chamada Rota do Parque, considerado o maior projeto estrutural da história do município. O projeto visa ligar dois pontos da BR-392, atravessando toda a cidade, a partir da duplicação de ruas como Roberto Socoowski, 1º de Maio e José Bonifácio. O investimento estimado é de R$ 68 milhões, a partir de financiamento da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD). Segundo a prefeita, a obra nos cerca de 13 quilômetros será feita por lotes e deve iniciar em um ano, quando se espera que a ERS esteja com as obras concluídas, não causando maiores transtornos aos motoristas. No entanto, já estão sendo estudadas rotas alternativas para carros e ônibus, por dentro dos bairros.
Ainda sobre a AFD, Darlene destacou que já foi possível acessar recursos provenientes do financiamento e que há uma comissão gestora, definida por decreto, cuja adequação foi levada para a Câmara de Vereadores.
Lote 4
Sobre as expectativas para a conclusão da duplicação do lote 4 da BR-392, a prefeita de Rio Grande diz que pediu ao governo federal a inclusão do projeto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo ela, esse é o primeiro passo e o pedido está em análise, já tendo passado por outras instâncias e precisará da aprovação final da Casa Civil.
Desassorear RS
Na quarta-feira, 9, Darlene participou da assinatura dos contratos para o Desassorear RS. Vinculado ao governo gaúcho, o programa prevê o desassoreamento e limpeza de arroios, canais de drenagem e sistemas pluviais de municípios que, em decorrência das enchentes, declararam situação de emergência ou estado de calamidade.
Em Rio Grande, a retirada dos sedimentos acumulados ocorrerá em três pontos da Lagoa dos Patos: na altura das Docas do Mercado Público, próximo ao Hortifrutigranjeiro e na Ilha dos Marinheiros. Ainda não há data para o início dos trabalhos.
Termelétrica
Ao final da entrevista, Darlene Pereira reafirmou a importância de seguir buscando a viabilidade para a construção da termelétrica a gás natural em Rio Grande. “Não podemos desanimar por não termos respostas. Temos que lutar pelo o que é nosso e que vai trazer desenvolvimento para a região”, afirmou.
O Ministério de Minas e Energia foi procurado, assim como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “Pode ser a nossa última cartada, mas enquanto não tivermos o sim, vamos seguir buscando”, garantiu.