Práticas integrativas ganham espaço nas UBSs de Pelotas

Saúde

Práticas integrativas ganham espaço nas UBSs de Pelotas

Auriculoterapia, reiki e meditação estão entre as terapias oferecidas em 24 UBSs de Pelotas

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Atualizado terça-feira,
08 de Julho de 2025 às 17:37

Práticas integrativas ganham espaço nas UBSs de Pelotas
Aline foi entrevistada no Papo da Hora, da Rádio Pelotense. (Foto: Jô Folha)

As práticas integrativas e complementares (PICs) são terapias não medicamentosas que atuam nos aspectos físico, mental e emocional e servem de complemento à medicina convencional. Em Pelotas, elas estão disponíveis em 24 das 51 Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Aline Geppert, enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde de Pelotas e coordenadora das PICs no município esteve no programa Papo da Hora, da Rádio Pelotense, nesta terça-feira (8).

Com extensa experiência hospitalar, ela explicou a abordagem das PICs no Sistema Único de Saúde (SUS) A enfermeira deixa claro, inicialmente, que os pacientes que aplicam as práticas nunca devem deixar de tomar as medicações prescritas. Por isso, elas recebem o nome de práticas integrativas e complementares – porque vêm para somar, e não substituir.

Entre as principais práticas ofertadas em Pelotas estão a auriculoterapia, reiki, meditação e uso de plantas medicinais, por exemplo. Cada Unidade Básica de Saúde (UBS) oferece o que os profissionais estão habilitados a aplicar. A escolha da terapia considera a queixa do paciente e a disponibilidade da unidade. “Hoje, o que a gente mais tem é a auriculoterapia, que é aquela sementinha de mostarda na orelha”, aponta Aline.

Atualmente, das 51 UBSs do município, 24 oferecem alguma PIC. Além disso, a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e a Universidade Católica de Pelotas (UCPel) mantêm ambulatórios com uma variedade maior de terapias.

Benefícios reconhecidos

As PICS têm embasamento científico e são regulamentadas pelo Ministério da Saúde desde 2006, com 29 práticas oficialmente reconhecidas. Segundo Aline, as práticas ajudam especialmente em dores crônicas, ansiedade, sintomas depressivos, e buscam olhar integral para o paciente. “Quando a gente começa a olhar esse indivíduo na sua integralidade […] a gente consegue auxiliar e ter benefícios incríveis com essas terapias”, ela afirma.

Olhar da universidade

A enfermeira participou do programa ao lado de duas acadêmicas de enfermagem, Bianca Cavenaghi e Paula Ucker, que vivenciam as práticas em campo. Desde 2017, o projeto de extensão da UFPel tem ofertado diversas práticas integrativas, com envolvimento ativo de acadêmicas de enfermagem. Bianca destaca o comprometimento dos usuários com as terapias e a recompensa emocional de ver os resultados práticos do que estudaram na graduação: “É uma coisa indescritível mesmo.”

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