No dia 6, celebramos um ano de circulação do jornal A Hora do Sul. No dia 7, vamos colocar no ar novamente a Rádio Pelotense, no ano de seu centenário, um retorno de extrema importância para a cidade, que na mesma data completa 213 anos. Ter veículos de comunicação impacta diretamente no ambiente de negócios, na autoestima e na própria escrita da história de uma cidade. Mas, principalmente, na democracia. Quando é feito jornalismo, é feita fiscalização, as cobranças são estruturadas e a memória é viva.
Em uma cidade que enfrentou depressão de diversos jornais e rádios fechando nas últimas décadas – incluindo a própria Pelotense –, um fenômeno que se repetiu Estado e país afora, ver a imprensa voltando a ser forte em diversas frentes é um recado para todos: aqui, as coisas podem funcionar. Aqui, há registro do que se faz, na política, nos negócios, nas ações dos indivíduos. Seja para cobrar posteriormente, seja para dar vez e voz a ações que impactam diretamente o dia a dia, as coisas são multiplicadas quando é feito jornalismo.
Aplicar jornalismo, aliás, é uma expressão bastante comum na redação do A Hora do Sul / Rádio Pelotense. Colocar isso em prática vai muito além de relatar fatos, mas é também apurar informações com credibilidade, responsabilidade e fazer a curadoria do que é importante para nossa comunidade. Não é “urubuzar”, como muita gente confundiu, por muito tempo, e isso foi um dos males que levaram ao tropeço recente da própria instituição imprensa. É saber mostrar coisas boas, mas cobrar quando há base, indo além da crítica pela crítica, mas fazendo a análise do contexto inteiro.
A imprensa dá mais fôlego para a democracia. É comprovado nos números que comunidades com veículos de comunicação atuantes têm menos casos de corrupção, por exemplo. Em menos de um ano, Pelotas passa a ter um jornal diário novamente e uma rádio com programação voltada às notícias, pensada no hiperlocal, em abordar temas nossos e somente isso. Nesse aniversário, é mais um motivo para comemorar.
