O Ato Regionalizado da Frente dos Servidores Públicos do RS (FSP/RS) está marcado para às 14h desta sexta-feira (4), no Largo do Mercado Central, e deverá concentrar mais de 500 pessoas de vários núcleos do RS. De acordo com a Direção do Cpers Sindicato, o município foi escolhido por se tratar da terra natal do governador Eduardo Leite (PSD), que acenou para um possível acordo para a revisão geral de salários de 12,14%, conforme garantiu a presidente do Cpers, Rosane Zan, para toda a categoria. Se une ao ato o Sindicato dos Agentes da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (Ugeirm).
Foram convocados os Núcleos de Montenegro, Rio Grande, Osório, São Leopoldo, Bagé, Canoas, Gravataí, Pelotas, Taquara, Guaíba, Porto Alegre e Camaquã. A primeira mobilização aconteceu em Santo Ângelo, depois Passo Fundo e, em Pelotas, nesta sexta, com participação massiva de núcleos do Cpers e de outras entidades que integram a Frente.
No dia 1º deste mês, o governador apresentou um novo pacote de medidas voltado à educação pública estadual. O Cpers Sindicato admite avanços, mas avalia que está longe de resolver a crise na educação pública. Entre os aspectos vistos como positivos estão o chamamento de mais 327 aprovados no concurso de 2023 e a realização de um novo concurso público com seis mil vagas para professores, com ampliação de áreas de disciplinas. De acordo com Rosane, a medida não supre os atuais 26 mil contratos temporários vigentes. Em outra frente, dados do INPC/IBGE, apontam que o funcionalismo estadual perdeu mais de 70% de seu poder de compra na última década.
Ugeirm
Para um dos diretores da Ugeirm, Jones Talai Mendes, a expectativa é manifestar ao governo do Estado uma série de insatisfações por parte dos servidores públicos estaduais, em especial a falta da recomposição inflacionária do salário. Entre as reivindicações dessa categoria está o crescente número de exonerações dos quadros da Polícia Civil, principalmente das classes mais baixas devido a falta de atrativo salarial.
Principais reivindicações
- Revisão geral dos salários, sendo que em 2022 houve uma correção de 6%. Para a categoria, isso representa uma grande defasagem. A principal demanda do funcionalismo é um reajuste de 12,14% nos salários, para corrigir perdas acumuladas desde 2014.
- A reestruturação do IPE Saúde, em 2022, que reajustou as alíquotas e incluiu dependentes na condição de contribuintes, porém não melhorou o atendimento aos segurados, sendo que há muitos médicos descredenciados do plano.