RoboPel – 213 destaca protagonismo dos jovens que fazem ciência e tecnologia

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RoboPel – 213 destaca protagonismo dos jovens que fazem ciência e tecnologia

Evento reúne mais de 1,5 mil alunos com projetos; programação segue online até o fim de julho

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Atualizado sexta-feira,
04 de Julho de 2025 às 11:05

RoboPel – 213 destaca protagonismo dos jovens que fazem ciência e tecnologia
Estudantes de Pelotas e região estão participando do evento. (Foto: Jô Folha)

O Pelotas Parque Tecnológico continua a ser o palco principal para a educação e tecnologia nesta sexta-feira (4), o segundo e último dia de atividades presenciais do RoboPel – 213. Após um primeiro dia marcado pela curiosidade e troca de conhecimentos, nesta sexta o evento segue reunindo alunos e escolas de Pelotas e demais cidades da região em uma experiência de imersão científica.

Nos espaços do parque, a criatividade dos estudantes é o aspecto mais explorado. Ao todo, 42 mostras de projetos estão em exibição. Os projetos apresentados abordam temas atuais e relevantes, como robótica sustentável, acessibilidade e preservação do meio ambiente. Um dos trabalhos mais chamativos é a mão biônica construída com papelão, proposta para o uso de impressão 3D como ferramenta educacional.

Além da exposição, a programação incentiva o aprendizado prático. No espaço CriarLab, três oficinas são ministradas para estimular o raciocínio computacional e criativo. São trabalhados temas como a criação de circuitos elétricos com papelão e a concepção de personagens em Pixel Art, até uma introdução à programação de jogos.

Kelen Bernardi é professora do CriarLab e ministra oficinas de computação criativa com escolas públicas da região. Ela explica a origem e a linha de evolução do evento desde 2018. Nesse período, a rede municipal passou de três para 20 clubes de computação, agora sob gestão da Secretaria de Educação, e a qualidade dos projetos dos alunos melhorou muito desde a primeira edição. “A gente começou lá no RoboPel 206 e hoje é o RoboPel 213, de 213 anos de Pelotas”, explica.

Projeto Liga Jovem

O Sebrae é um dos parceiros do RoboPel – 213 com o projeto Liga Jovem, competição nacional que estimula os alunos a despertarem para novas ideias. Os finalistas têm a chance de participar de uma viagem internacional. “É um projeto muito grandioso […] os finalistas depois fazem uma viagem internacional. No ano passado, foram para Paris”, diz Kelen.

Participação e público

Neste ano, cerca de 1,5 mil alunos participam do evento, oriundos de redes municipais, estaduais e de cidades vizinhas, como Capão do Leão, Pedro Osório e Camaquã, por exemplo. Além disso, há a participação espontânea da comunidade também. “Esse ano a gente tem 20 instituições envolvidas. Espero que no ano que vem a gente consiga ocupar o parque inteiro”, estima a organizadora.

Clubes de robótica

Kézia Oliveira representa duas escolas municipais de Pelotas: Olavo Bilac e Delgado Soares. Ao todo, ela coordena quatro clubes de robótica e computação criativa nas instituições. O projeto funciona no turno inverso das aulas e é baseado na participação voluntária dos alunos.

Ela conta que as atividades misturam teoria e prática com foco em “mão na massa”, estimulando os alunos a construírem protótipos a partir do que aprendem. Para ela, além de criatividade e autonomia, os clubes ajudam a introduzir conteúdos interdisciplinares como matemática, física, química e artes. “A proposta do clube é realmente desenvolver a criatividade e a autonomia dos alunos”, reafirma.

Uma das alunas de Kézia é Isabele Funari, de 13 anos, que participa de um clube de robótica há três anos. Esta é sua segunda participação no RoboPel, mas a primeira apresentando projetos. Ela destaca que projetos assim ajudam os alunos a saírem da rotina e aprenderem coisas novas, além de desenvolverem novas habilidades. “A Robótica, desde que entrei, foi algo que sempre me chamou atenção. […] Os computadores, a ideia toda de mecânica”, manifesta.

Futuro em desenvolvimento

Para Rosâni Ribeiro, diretora executiva do Pelotas Parque Tecnológico, a iniciativa é fundamental para preparar as novas gerações. “Acreditamos que esses projetos, ao estimularem a criatividade e o protagonismo estudantil, ajudam a formar uma geração mais preparada para os desafios do futuro”, destaca a diretora, reforçando o objetivo do evento de ampliar o acesso à ciência de forma prática e colaborativa.

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