Prefeito Bernardo de Souza torna Chácara da Baronesa patrimônio de Pelotas

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Prefeito Bernardo de Souza torna Chácara da Baronesa patrimônio de Pelotas

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Há 40 anos

Então prefeito de Pelotas, Bernardo Olavo Gomes de Souza assinou em 3 de julho de 1985 o termo de tombamento, como patrimônio histórico e cultural de Pelotas, da Chácara da Baronesa, “localizada no centro de um parque de 6,8 hectares, na zona periférica da cidade, que serviu de residência permanente do casal Aníbal Antunes Maciel e Amélia Hartley, Barões dos Três Serros, em meados do século 19”, conforme o documento municipal.

Porém, o Museu da Baronesa existe desde 1982, após uma reforma orientada pelo artista plástico Adail Bento Costa. A residência havia sido doada ao município em 1978, incluindo um conjunto de elementos arquitetônicos de gosto romântico, como um castelinho, uma casa de banho, um chafariz, um jardim francês e um inglês, canais com pontes e lagos com ilha, uma gruta e um sobrado ao estilo bangalô americano de 1935.

Museu existe desde 1982

A doação ocorreu porque a prefeitura se comprometeu em urbanizar o parque e transformar a residência em museu. Atualmente, o Museu está vinculado à Secretaria Municipal de Cultura (Secult) e, desde 1995, conta com o apoio da Associação de Amigos do Museu da Baronesa (Ambar). O prédio abriga um acervo composto de mobiliário, indumentárias femininas e masculinas, camisolas, roupas íntimas, de cama, mesa e banho, objetos de uso pessoal, fotografias e documentação histórica, representativo aos costumes da sociedade pelotense do final do século 19 até a década de 1930.

No ano passado foi finalizado o projeto de reforma e a restauração do prédio. O investimento nas obras foi de mais de R$ 1,5 milhão, com recursos do Ministério da Justiça, representado pela Caixa Federal, via Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.

Fonte: site da prefeitura de Pelotas

Há 50 anos

Historiador lança obra sobre o jornalista Hipólito da Costa

O professor e historiador Francisco Riopardense Macedo (1921-2007) lançou o livro Hipólito da Costa e o universo da Liberdade. A sessão de autógrafos ocorreu no salão de honra da prefeitura, no final da tarde de 3 de julho de 1975, integrando as comemorações da Semana de Pelotas. Também autografou outras de suas obras sobre a história do Estado.

Hipólito da Costa era natural de Colônia do Sacramento, Uruguai. Sua família migrou para o Rio Grande do Sul e se instalou em Pelotas na segunda metade do século 18. Fez os primeiros estudos em Porto Alegre e depois foi para Portugal onde se formou em leis, matemática e filosofia.

Em 1º de junho de 1808 passou a editar aquele o primeiro jornal do país, o Correio Braziliense. Por isso é considerado o patrono da imprensa brasileira.

Fontes: Diário Popular/Acervo BPP

Há 100 anos

Paim Filho visita Pelotas antes de reassumir mandato no Rio

Pelotas recebeu a visita do deputado federal gaúcho Firmino Paim Filho (1884-1971), que retornava do Paraná, onde combateu as insurgências cívico e militares ocorridas em 1924. Licenciado da política, passou pelo município antes de retomar o mandato.

Paim foi solicitado pelo governo estadual durante a insurgência. Assim, retornou ao RS, onde organizou o Destacamento Paim, formado por quatro corpos provisórios, com 1,6 mil homens.

Controlado, em parte, o movimento — já que o restante da tropa rebelde, origem da Coluna Prestes, deu então início à sua marcha —, Paim Filho foi nomeado pelo presidente da República, Artur Bernardes (1922-1926), general honorário do Exército. Em 1927 foi novamente eleito deputado federal. Não chegou a cumprir integralmente o mandato, pois se tornou Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul.

Acadêmico Castilhista

Natural de São Sebastião do Caí, formou-se em Direito em Porto Alegre, em 1907, iniciando sua vida política. Na capital, aderiu ao Bloco Acadêmico Castilhista, durante a campanha de Carlos Barbosa Gonçalves, candidato do Partido Republicano Rio-Grandense (PRR), posteriormente eleito, à presidência do Estado em 1907.

Após o golpe do Estado Novo, em novembro de 1937, Paim Filho retirou-se da política. Retornou em 1945, para a campanha eleitoral do general Eurico Gaspar Dutra. Em 1955 abandonou a vida pública por motivos de saúde. Morreu em Porto Alegre em 11 de fevereiro de 1971. Foi casado com Cândida Alves Paim, filha de Protásio Antônio Alves, com quem teve quatro filhos.

Fontes: Diário Popular/Acervo BPP; Fundação Getúlio Vargas

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