O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Pelotas, que atende mais de 10 municípios da região, pode ter suas atividades paralisadas a partir do dia 17 de julho caso os contratos emergenciais com os profissionais não sejam renovados.
A renovação dos contratos depende da aprovação da Câmara de Vereadores a um projeto de lei enviado pelo governo do prefeito Fernando Marroni (PT) no começo de junho. Na mensagem 16/2025, o governo solicita a contratação emergencial de um total 323 pessoas, com um custo anual estimado em R$ 15,8 milhões.
Entre essas mais de 300 vagas, são previstos cinco rádio operadores, 18 telefonistas, dois condutores de motolância e 14 condutores de ambulância para o Samu e cujos contratos em vigor atualmente estão perto de encerrar.
Na manhã de ontem, um grupo de telefonistas esteve na Câmara para tentar sensibilizar os vereadores para aprovar o projeto. Segundo elas, caso os contratos não sejam renovados, o Samu não terá profissionais para atender as ligações da população.
As telefonistas temem ainda que, caso o projeto demore para ser aprovado, a burocracia para uma nova contratação pode deixar o serviço paralisado por mais um mês. Segundo o governo, no entanto, a aprovação do projeto permitirá a prorrogação imediata dos contratos, sem risco de interrupção nos atendimentos.
A contratação emergencial dos 323 profissionais é criticada por parlamentares, que apontam a necessidade de chamamento de concursados e a realização de um novo concurso público. A gestão alega que não há vagas previstas no quadro de servidores. Segundo o líder do governo na Câmara, Jurandir Silva (PSOL), está sendo feito um levantamento para a ampliação do quadro e a realização de um concurso.