“A prefeitura está surpreendendo a cidade”, avalia Fernando Marroni

Governança

“A prefeitura está surpreendendo a cidade”, avalia Fernando Marroni

Prefeito completa seis meses de gestão e faz um balanço do governo

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“A prefeitura está surpreendendo a cidade”, avalia Fernando Marroni
Prefeito diz que críticas à saúde são exageradas. (Foto: Jô Folha)

Completando seis meses à frente da prefeitura de Pelotas, Fernando Marroni (PT) faz um balanço do início do governo e diz estar animado com o começo do trabalho e as projeções para o futuro da gestão. 

“Cumprimos todos os compromissos que assumimos na campanha, de não parar nenhum projeto e nenhuma obra, de dar conta das festas do calendário da cidade, e no calendário escolar, de não faltar matrículas”, disse, em entrevista ao A Hora do Sul.

Marroni aponta como diferencial a integração entre os setores da administração. “Não há uma prefeitura em cada secretaria. Hoje temos uma prefeitura que articula todas as secretarias, e isso tudo foi muito importante para conseguirmos esses êxitos até aqui”.

Zeladoria e infraestrutura

Uma das principais promessas de campanha foi dar atenção à zeladoria da cidade desde o primeiro dia. “Começamos os mutirões para o que havíamos nos comprometido de limpar a cidade e desobstruir. É um trabalho permanente, mas conseguimos ter mais eficiência”, afirma o prefeito.

“Posso dizer que a prefeitura está surpreendendo a cidade com a capacidade de resposta. Tem buraco? Tem buraco. Estamos fazendo? Estamos fazendo. Claro que é um processo. Alguns acham que tudo é uma varinha de condão”, justifica.

Segundo Marroni, a gestão começou com apenas uma patrola e duas retroescavadeiras em funcionamento. Agora, são três escavadeiras, 13 patrolas e oito retroescavadeiras. “O impacto desse equipamento todo trabalhando na cidade é visível e continuamos lutando”, avalia.

Outra promessa era dar manutenção ao caminho do ônibus. Segundo Marroni, essa foi uma prioridade. “Hoje nós conseguimos circular em todas as linhas de ônibus. Quando chove, faz buraco, nós passamos a patrola, coloca saibro e resolve os problemas”, disse.

Educação

Questionado sobre os principais desafios de Pelotas, o prefeito destacou a missão de melhorar os índices da educação. “Não podemos ficar com IDEB de 4.7, temos que terminar os quatro anos aprovados, com mais de 5, porque se uma cidade está formando uma educação que não atinge nota 5, significa que esse esforço que foi feito não teve resultado, e as crianças não sabem interpretar um texto e não sabem fazer as quatro operações”, diz.

Saúde

Um dos principais alvos de críticas na Câmara de Vereadores é a secretaria da Saúde. O prefeito, no entanto, considera que as reclamações são exageradas. “É meio que tosa de porco, muito grito e pouco pelo”, diz. 

“Não tem santa casa falida em Pelotas como tem em Rio Grande e São Lourenço do Sul. A situação de Pelotas é bem melhor do que vivemos comparativamente”, afirma Marroni. 

“Não se pode dizer que temos uma crise na saúde de Pelotas. Crise significa que as pessoas não estão sendo atendidas no posto, não tem vacina, não tem abrigos”, avalia.

Quanto ao Hospital Regional de Pronto Socorro (HPS), cujas obras devem ser concluídas até o fim do ano, o prefeito afirma que as principais possibilidades para o funcionamento são uma gestão municipal direta ou através do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). O custo mensal estimado para o HPS é de R$ 13 milhões.

Finanças

Enquanto a Lei Orçamentária de 2025 prevê um déficit de R$ 191 milhões, o governo começou com um passivo de R$ 97 milhões em restos a pagar de 2023 e 2024. O prefeito destaca que metade dessas dívidas já foram quitadas. 

“Tudo aquilo que foi comprado, empenhado e que não foi pago, que a prefeitura está devendo, temos a expectativa de zerar até o final do ano”, diz. “Isso tem um custo para o desenvolvimento de ações porque é um orçamento comprometido”, afirma.

Política

No âmbito político, o primeiro semestre foi marcado por uma série de conflitos entre vereadores e a prefeitura, além de acirramento de disputas internas na Câmara. O prefeito, no entanto, considera que não há ruído com o Legislativo. 

“Tem ruído entre alguns vereadores que se aproveitam de determinadas pautas e tentam gerar crises a toda hora”, diz. “Todas as leis que apresentamos foram aprovadas, isso não é uma crise. Isso mostra que temos uma boa articulação”. 

“O que eu vou fazer se tem um ou outro que é contra, por exemplo, as Estações de Tratamento de Esgoto da cidade? Não dá para entender essas razões”, critica.  

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