Morte de Tancredo Fernandes de Mello é sentida nas cidades da Zona Sul

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Morte de Tancredo Fernandes de Mello é sentida nas cidades da Zona Sul

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Atualizado quinta-feira,
26 de Junho de 2025 às 15:18

Há 90 anos

Um mês depois da morte do militar Tancredo Fernandes de Mello, a comunidade gaúcha e pelotense ainda lamentava o acontecido. O cearense havia sido recebido em Pelotas pelo então intendente, Pedro Luiz Osório, que liderou um banquete para celebrar a chegada do tenente coronel e demais oficiais do 2º Batalhão do 9º Regimento de Infantaria, vindos de Rio Grande e que se instalaram oficialmente no quartel recentemente construído na avenida 20 de setembro, no Fragata. O quartel foi edificado em um terreno cedido ao governo federal pelo município.

A morte ocorreu no final de maio de 1930, no Rio de Janeiro, enquanto o oficial do Exército cursava a Escola de Aperfeiçoamento. Mello, que na época comandava o 28º Batalhão de Caçadores, em Terezina, foi vítima de um acidente.

Ciências sociais e teatro

Tancredo Fernandes de Mello era engenheiro e membro do Instituto Histórico do Rio Grande do Sul, tendo colaborado na imprensa do país e no jornal A Opinião Pública, enquanto permaneceu no 9º R.I, aquartelado em Pelotas. O então tenente-coronel chegou a celebrar seu 35º no Exército brasileiro, enquanto estava na região. O militar comandou o 8º e o 9º Regimentos, em Pelotas, e as 5ª e 6ª Brigada de Infantaria.

Era formado em Engenharia, Ciências Físicas e Matemática, mas tinha interesse nas ciências sociais e desenvolveu uma carreira paralela nesta área.

Escreveu obras sobre os municípios de Santa Vitória do Palmar, onde ajudou a fundar a Biblioteca Pública, e de Bagé, além da Bacia do Camaquã. Também foi vice-presidente da Academia de Letras e membro da Sociedade Astronômica da França. Deixou obras literárias como uma peça de teatro, Honesta, e uma literatura dramática, chamada Pátria.

Fontes: A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; Sistema Estadual de Museus

Há 100 anos

Companhia Nacional de Operetas é bem recebida

A Companhia Nacional de Operetas estava fazendo uma temporada de sucesso no Theatro Sete de Abril. Entre os espetáculos apresentados estavam Casta Suzanna e Duquesa do Bal Tabarin. De acordo com a crítica local, as apresentações em nada ficavam a dever, tanto pelo brilho vocais dos intérpretes quanto pelos cenários bem cuidados.

A atriz e cantora Elvira de Jesus era um dos nomes conhecidos da trupe que atraía o público. “Violeta Ferraz e Elvira de Jesus cabem os mesmos louvores, o que por último, não deve ser regateado ao tenor Vicente Celestino, o bravo cantor que o público ouve e aplaude com satisfação”, escreveu o crítico ao jornal A Opinião Pública de 26 de junho de 1925.

Atuação de Elvira de Jesus foi reconhecida pela crítica local

Há 50 anos

Novos juízes iniciam trabalho em Pelotas

Depois de uma comissão de pelotenses ir a Porto Alegre reivindicar ao Tribunal de Justiça a nomeação de mais magistrados para esta comarca, mais quatro juízes começaram a trabalhar no Foro local. O contrato previa que, em regime de exceção, os nomeados deveriam permanecer por um período mínimo de três meses no município.

Os doutores Jaime Piterman foram designados para a 2ª Vara Cível; Laércio Augusto Berthier, à 3ª Cível; Antônio Kleber Mathias Neto e Almedorino, para as 1ª e 2ª Varas Criminais, respectivamente. De acordo com o diretor do Fórum local, José Carlos Sanches Guimarães, essa era uma tentativa de desafogar o grande número de processos parados, por causa do pequeno número de juízes naquela época.

Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

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