“Fazemos cobertinhas com quadradinho de tricô e de crochê”

Abre aspas

“Fazemos cobertinhas com quadradinho de tricô e de crochê”

Cíntia Essinger e Lorena Iturbide – Coletivo Agulhas Solidárias

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“Fazemos cobertinhas com quadradinho de tricô e de crochê”
Grupo é composto por mais de 90 pessoas.

O coletivo Agulhas Solidárias atualmente distribui cobertinhas e roupinhas de crochê para diversas instituições filantrópicas. A iniciativa, que começou em maio de 2024, como forma de ajudar os desabrigados das enchentes, prosseguiu. Hoje é composto por mais de 90 pessoas e realiza encontros presenciais. À frente do projeto, Cíntia Essinger e Lorena Iturbide acreditam que os quadradinhos de crochê também são uma forma de mostrar afeto.

Quem são as pessoas beneficiadas?

Durante a enchente doamos para os abrigos e para o movimento Solidariedade. Achávamos que nosso coletivo iria se mobilizar somente durante a enchente, mas as Agulhinhas demonstraram interesse em manter o coletivo. Então, seguimos doando as cobertinhas para outras instituições filantrópicas.

Quais são as peças mais construídas?

Fazemos cobertinhas com quadradinho de tricô e de crochê, e nesse ano decidimos fazer algumas peças para bebês, conforme chega a demanda, como gorrinhos, sapatinhos, casaquinhos e cobertinhas menores.

O que motiva o grupo a trabalhar com crochê?

Lá em 2024, quando a enchente começou a fazer desabrigados e começaram a se formar os abrigos, muitas pessoas se voluntariaram. Algumas, como foi o meu caso, não tinham como se voluntariar dessa forma, então busquei dentro do que eu podia fazer, um jeito de ajudar. Foi quando surgiu a ideia dos quadradinhos de crochê. Pensei que reunindo um grupo poderíamos fazer uma boa quantidade de cobertas para doar. Compartilhamos a ideia e em poucos dias já havia mais de 50 pessoas se mobilizando e confeccionando. Em 2024 nós confeccionamos e doamos mais de 220 cobertinhas.

Quais são os benefícios da prática do crochê?

O crochê, assim como outras práticas manuais, já está cientificamente comprovado que auxilia na concentração, no foco, no relaxamento. Eu sempre utilizei as linhas e agulhas como forma de aliviar minhas tensões da rotina de trabalho, e foi assim que entrei nesse coletivo, em maio enfrentei diretamente o desafio da enchente de Pelotas, como moradora do Laranjal, sofri com a enchente e quando vi o convite da Cintia para entrar nesse coletivo não pensei duas vezes.

Qual a importância de se dedicar a uma causa social?

Acreditamos que se dedicar a uma causa social é uma forma de devolver ao mundo um pouco do que recebemos. Em meio à correria do dia a dia, parar para olhar o outro, estender a mão e compartilhar o que sabemos fazer – mesmo que seja um simples ponto de crochê – pode ser um ato de profundo impacto. É um gesto que fortalece laços, aquece corpos e corações, e nos lembra de que somos parte de uma rede que só faz sentido quando está entrelaçada.

Quem são as pessoas que compõem o grupo?  

Nosso coletivo é formado por pessoas de todas as idades. Já recebemos quadradinhos de uma Agulhinha de oito anos, e de Agulhinha de 92 anos. Temos integrantes em diferentes etapas da vida. Quando várias mãos trabalham juntas, nosso trabalho vai longe.

Como faz para participar/ajudar?

Há várias formas de nos ajudar: tecendo quadradinhos de 20x20cm em crochê ou tricô; ⁠unindo os quadradinhos para formar as cobertinhas; ⁠tecendo gorrinhos, sapatinhos, casaquinhos e xales para bebês; ⁠doando restos de lã ou novelos de lã

Quem quiser participar, pode entrar em contato pelo perfil do [email protected] ou ir até o Espaço das Agulhinhas (Cassiano, 254).

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