A prefeitura de Pelotas vai realizar nos próximos dias 27 e 28, no auditório da UCPel, a Conferência da Cidade. A atividade tem o objetivo de discutir e definir políticas públicas para o desenvolvimento urbano.
A partir da conferência municipal, serão escolhidos os representantes para participar da conferência estadual e da conferência nacional. Antes da conferência, foram realizadas pré-conferências regionalizadas. A última pré-conferência está marcada para este sábado (21), na CEB do Monte Bonito.
O secretário de Urbanismo de Pelotas, Otávio Peres, afirma que a conferência é a oportunidade de os diversos setores da sociedade participarem da discussão sobre o planejamento urbano de Pelotas.
Segundo Peres, as pré-conferências já permitiram identificar alguns pontos centrais do debate. “Surge com muita evidência a questão da drenagem urbana e da vulnerabilidade socioambiental. Desde a questão da microdrenagem, do alagamento que está na porta da casa das pessoas, os alagamentos tanto das áreas baixas quanto das áreas altas que a cidade tem sofrido”, afirma.
O secretário considera que os desafios refletem a desigualdade social de Pelotas. “A nossa sociedade é composta dessa maneira, mas o degrau não pode ser tão evidente e a ruptura não pode ser tão abrupta e discrepante”, diz.
“A solução está na equalização dos benefícios e investimentos que algumas áreas da cidade recebem, porque são elas mesmas que promovem a cidade, mas isso tem que estar minimamente conectado e equalizado com a realidade, ao menos do entorno imediato”, avalia,
Discussão do Plano Diretor
O secretário afirma que a conferência pode contribuir com a discussão da revisão da Lei Orgânica do Município e do Plano Diretor, que foi aprovado em 2008 e precisa ser revisado a cada dez anos. A última revisão foi em 2018.
Segundo o secretário, os pontos levantados pela Conferência da Cidade podem antecipar o debate do Plano Diretor. “Alguma revisão que a sociedade inteira indique como prioritária, a gente não necessariamente precisa aguardar para uma revisão em bloco do Plano Diretor”, diz. Ele cita como prioridade a discussão sobre a relação da cidade com o meio-ambiente, a drenagem e a estruturação do sistema viário.
