Projeto oferece residência artística remunerada para artistas do Estado

segunda edição

Projeto oferece residência artística remunerada para artistas do Estado

São dez vagas para artistas da música e das artes visuais para uma formação interdisciplinar e gratuita de nove dias em Porto Alegre

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Projeto oferece residência artística remunerada para artistas do Estado
Primeira edição, no ano passado, foi só para artistas de Porto Alegre. (Foto: Bruno dos Angelos)

Artistas da Zona Sul do Estado terão a oportunidade de participar da seleção para uma Residência Artística em Porto Alegre. Promovida pela Feira Garganta e pelo OCorre Lab, a iniciativa busca transcender as barreiras artísticas convencionais, unindo a música e as artes visuais em um programa de mentorias e dinâmicas criativas que resultarão em um espetáculo final. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas através do formulário (http://bit.ly/4mO4xEr) até sexta-feira, às 23h59min.

Direcionada a artistas racializados, LGBTQIAP+ e/ou PCD’s, a Residência Garganta terá o palco como centro de encontro para experimentações e formações artísticas. A seleção contemplará cinco artistas da música e cinco das artes visuais, sendo duas vagas para cada região funcional do estado. Os encontros dos selecionados acontecerão no final de julho na Casa de Cultura Mário Quintana (CCMQ) e na Casa Baka. O regulamento completo está disponível no edital da convocatória, pelo link https://bit.ly/45HWoeqO.

De acordo com os organizadores, cada artista ou coletivo selecionado receberá uma bolsa de participação de R$1mil além de ajuda de custo para transporte e produção artística. A proposta é que a Residência seja uma experiência imersiva, com orientação de especialistas de diferentes áreas, como cenografia, materiais, figurino, iluminação e recursos audiovisuais.

Segundo edição

Essa é a segunda vez que a residência é oferecida, porém, na primeira edição foi direcionada aos artistas de Porto Alegre. Idealizador e produtor da Feira Garganta, o artista visual Wagner Mello, juntamente com a artista visual Mitti Mendonça, são dois dos proponentes e curadores.

A Feira Garganta foi realizada pela primeira vez em 2022, no Barraco Cultural, onde os dois artistas tinham um ateliê coletivo. “Essa primeira residência aconteceu a partir do edital Kultur 23, com financiamento do ICBA – Instituto Cultural Brasileiro-Alemão, Goethe-Instituto Porto Alegre. Fomos contemplados em primeiro lugar. Nessa edição foram seis, nesse encontro entre as trajetórias dos profissionais das artes visuais e o pessoal da música, fechando nessa mostra que foi o resultado desse trabalho”, relembra Mello.

Quando a dupla pensou nessa junção entre música e artes visuais procurou o produtor Bruno dos Anjos, responsável pelo OCorre Lab, um laboratório de produção musical da capital gaúcha, com ações em São Paulo. “A gente pensou neste edital para poder proporcionar esse diálogo entre os artistas das duas áreas”, explica Mello.

Segundo o artista, a Residência será um espaço de compartilhamento de ideias, trajetórias e repertórios. “O fato de os artistas virem de diferentes regiões do estado fortalece e potencializa o ato criativo”, destaca.

Diferentes localidades e trajetórias

A intenção de contemplar artistas de diferentes localidades e identidades é também um dos cernes da Residência. “Teremos um panorama mais amplo de quem produz arte no estado do Rio Grande do Sul, entendendo quais são suas narrativas e produções”, complementa Wagner Mello.

A conexão entre música e artes visuais será aprofundada para que o projeto se torne um espaço de conexão entre os dois campos artísticos. Durante nove encontros presenciais, os participantes terão a oportunidade de explorar os próprios trabalhos e, depois, o desafio de conceber e realizar uma performance colaborativa aberta ao público.

Mello comenta que as escolhas das propostas selecionadas não passarão pelo tempo de carreira nas artes. “Tem muito mais a ver com o que o artista vai nos apresentar como sua proposta, sua área de pesquisa, sua poética. Dentro dessa curadoria a gente vai pensar nesse grupo que a gente entenda que tenha, de alguma maneira, um encontro de narrativas. O tempo de trajetória não é um critério”, afirma o produtor e curador.

A atual edição acontece com recursos da Lei Complementar 195/2022, Lei Paulo Gustavo, apresentado pelo Ministério da Cultura e Secretaria do Estado da Cultura, com financiamento Pro-Cultura e Secretaria da Cultura do Estado do RS.

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