Tradição que une gerações através do ensino e da música

Raízes e Propósitos

Tradição que une gerações através do ensino e da música

Família Kopereck mantém vivos diariamente o amor e a união da banda do Gonzaga

Por

Atualizado domingo,
15 de Junho de 2025 às 11:29

Tradição que une gerações através do ensino e da música
Camila, Benjamin e Aldo: passado e presente no Colégio Gonzaga. (Foto: Gabriel Leão)

“Amor à primeira vista”. É assim que Camila Kopereck define o primeiro contato do filho Benjamin, ainda pequeno, com a banda do Colégio Gonzaga.

Mas o sentimento vai além dele. Vem da avó, passa por Camila — ex-aluna do colégio — e hoje toma conta também do pai, Aldo, e dos filhos Valentina e Benjamin, que mantêm viva a ligação afetiva da família com a escola.

“Eu lembro eu pequena, quando estudava lá, corria para ir ver a banda. É uma coisa que vem de gerações, desde a minha avó que já era apaixonada pela banda do Gonzaga”, relembra Camila.

Essa relação de afeto marcou tanto sua infância que, ao tornar-se mãe, a escolha pela escola foi natural. “Quando tive a Valentina, não pensei duas vezes. Era a minha escola do coração”.

Desde então, a ligação só se fortaleceu. Camila fala com emoção sobre a sensação de retornar ao colégio como mãe, revendo os corredores que um dia percorreu como aluna. “Ali eles vão percorrer a mesma trajetória e tu sabe que eles estão bem cuidados, estão aprendendo e que vão levar os ensinamentos para a vida”.

Um ensino que acolhe

Para Camila, mais do que boas lembranças, o Colégio Gonzaga oferece um ambiente de acolhimento verdadeiro. “Lá a gente se sente em casa. É uma escola muito acolhedora, muito família. […] Eu tive professores lá que até hoje eu vejo, tenho aquele carinho. A escola, ela te acolhe e realmente tu faz parte da família”.

Esse acolhimento, segundo ela, também está presente na proposta pedagógica da escola. “Eles têm sempre todo aquele suporte por trás, com toda atenção da equipe pedagógica”, o que, para ela, faz toda a diferença.

Com Valentina, a experiência foi de envolvimento profundo com as atividades escolares. A filha participou da comissão das Olimpíadas, de festas juninas e de diversos projetos. Agora, perto de se formar, a despedida carrega um misto de orgulho e saudade.

No arraial, os terceirões se apresentaram. “Olhando ela dançar me veio um filme na cabeça. Me lembrei lá do início quando passei vários meses junto dela na adaptação na escola. […] Foi um ciclo que foi bem trilhado e vai deixar só boas lembranças”.

Benjamin, por sua vez, vive o início dessa jornada com entusiasmo e energia. “Ele reclama que quer ficar mais tempo ainda no colégio, quer ser o primeiro a chegar e o último a sair [da escola]. Pra ver como se sente em casa, como se sente seguro, tranquilo e cuidado”.

A relação com a banda

Foi também no Gonzaga que Benjamin descobriu sua paixão pela música. Com apenas cinco anos, assistiu ao retorno da banda às ruas e ficou fascinado. “Chegamos em casa e ele ficava vendo os vídeos, marchando pelo corredor, batendo bumbo, colocando um travesseiro na cabeça para imitar o chapéu da banda”, conta Camila.

O entusiasmo era tão genuíno que chamou atenção do Mor da banda, seu Nedi, que convidou o menino para participar de um ensaio como mascote.

No primeiro contato, Benjamin surpreendeu a todos. Marchou, tocou e demonstrou talento e disciplina. “Na frente da banda com o instrumento saindo para desfilar ele é outra criança. Pode chamar ele que ele não vai te olhar. Ele vai olhando pra frente, concentrado na música e nas batidas dele”, diz Camila.

“O Mor da banda convidou o Benjamin pra ir lá na frente. Ele pegou o bumbinho dele e começou a tocar. Já sabia todas as cadências das músicas”, relembra o pai, Aldo. Hoje, com quase três anos de banda, Benjamin já escolheu um novo instrumento. “Falaram para eu ir para o Tarol, porque eu já sabia tocar. Eu aprendi sozinho, ouvindo”.

A participação na banda também influenciou outras dimensões da vida do menino. “Ele [Benjamin] sempre foi muito tímido, tudo que não é hoje, em função da banda”, conta o pai.

A mãe completa afirmando que ele “teve muito desenvolvimento quanto a timidez, compromisso e responsabilidade”.

“Quando ele fez o primeiro desfile, quando saiu na frente da banda eu pensei ‘não pode ser ele’, porque eu não imaginava que ele fosse tão compenetrado. Ele não olhava pro lado, ele não ria, sempre firme, batendo direitinho o instrumento dele. Pra mim foi uma emoção”, revela o pai.

Benjamin em desfile da banda do Gonzaga. (Foto: acervo pessoal)

De espectador a componente

O envolvimento do filho inspirou o pai. Inicialmente apenas como acompanhante nos ensaios, Aldo foi convencido e se tornou parte da banda. “Eu falei brincando ‘mês que vem eu vou tocar’.

Quando passou um mês o Mor da banda falou ‘agora tu vai tocar, eu vou ficar do teu lado’. E assim começou”, conta o pai. Hoje, Aldo toca surdo e desfila junto do filho. A entrada na banda foi, para ele, uma forma inesperada de se conectar à escola e à música.

“O pessoal da banda é mais que uma família. Porque o pessoal mesmo que tu não saibas tocar nada eles te ensinam, te ajudam. Tu erra e eles te dão um incentivo. É uma família mesmo”, diz.

O vínculo entre pai e filho se estreitou ainda mais. Agora, são parceiros também nos ensaios e nas apresentações. “Às vezes é o pai que puxa o Benjamin para ir. Um motiva o outro”, afirma Camila.

Aldo Kopereck e o filho Benjamin tocam juntos na Banda do Gonzaga. (Foto: acervo pessoal)

Tradição que se renova

Com quatro gerações de laços com o Gonzaga — da avó de Camila ao pequeno Benjamin —, a família Kopereck representa bem o que significa fazer parte da história da escola.

Com uma trajetória marcada pelo carinho e pela participação ativa, a família segue reafirmando o que o Colégio Gonzaga tem de mais valioso: o sentimento de pertencimento e continuidade que atravessa gerações.

Acompanhe
nossas
redes sociais