A chegada dos dias frios tira os casacos do armário e coloca os aquecedores em ação. Karina Cardozo, mãe do Liam, de três meses, vê o aquecedor como melhor amigo nesse momento. “Para manter ele quentinho utilizamos calefator, ar-condicionado, aquecedor e estufa, um em cada cômodo”. Já o aposentado José Antônio Garcia prefere a lareira para aquecer a casa. “Temos [lareira] há mais de dez anos. O aconchego é incomparável”, afirma.
O gerente de uma loja de eletrodomésticos, Jhonatan Minuto, afirma que as vendas desses utensílios já estão em alta na loja. “Quando a temperatura baixa, a gente eleva as vendas”. Entre os mais procurados estão os termoventiladores, conhecidos como aquecedores de banheiro, depois os aquecedores a óleo e por fim as lareiras e fogões a lenha. Juliana Silva vende lenha e também já sente um aumento significativo nas vendas. “A lenha de acácia-negra é uma das mais procuradas por ter uma queima lenta e uniforme”.
Cuidados importantes
Seja com aquecedores elétricos ou lareira, o cuidado deve ser redobrado. Um dos principais desafios enfrentados no inverno é o aumento do risco de incêndios devido à falta de manutenção das instalações elétricas e ao uso intensificado de equipamentos de aquecimento. Conforme o 1º tenente Fabrício Madruga, comandante do pelotão do Corpo de Bombeiros Militar de Pelotas, muitos incidentes surgem quando há uma ligação simultânea de vários aparelhos em uma mesma tomada, causando sobrecarga na rede elétrica e, consequentemente, sinistros.
Essa sobrecarga pode ser identificada por sinais clássicos, como quedas recorrentes dos disjuntores,
fios e tomadas excessivamente quentes e até o cheiro de queimado. “Não utilizar adaptadores ou extensões é essencial. Usar uma tomada exclusiva previne que o ‘T’ sobrecarregado cause um curto-circuito”.
De acordo com o 1º Tenente, além da sobrecarga na rede, outros erros muito comuns são:
- sair de casa ou dormir mantendo os aquecedores elétricos e estufas ligadas ou lareiras acesas;
- secar roupas de forma inadequada em geladeiras, fogões ou em aquecedores e estufas;
- usar “espiriteiras” em locais fechados, especialmente em banheiros, podendo causar incêndios ou até mesmo asfixia.
Para evitar esses incidentes é preciso:
- utilizar lareiras, aquecedores e estufas elétricas de forma adequada e conforme indicação do fabricante;
- manter as instalações elétricas sempre revisadas e adequadas aos equipamentos que serão utilizados na edificação;
- não deixar lareiras acesas e aquecedores elétricos ligados quando estiver dormindo ou sem ninguém em casa;
- manter objetos que possam incendiar a uma distância segura de lareiras e aquecedores elétricos;
- não realizar usos improvisados do equipamento. Por exemplo: secagem de roupas em estufas e aquecedores elétricos.
Caso haja qualquer sinal de que um incêndio ou curto-circuito esteja se desenvolvendo, o bombeiro reforça a importância de uma ação imediata:
- evacuação: a prioridade máxima é retirar todos os moradores do local, deslocando-os para uma área segura;
- contenção: sempre que possível, fechar portas para retardar a propagação do fogo;
- desligamento da energia: se houver possibilidade sem riscos adicionais, desligar o disjuntor principal.
- Contato com os canais de emergência: ligar imediatamente para o Corpo de Bombeiros utilizando o telefone 193.
