Copa FGF deve ter pouca adesão em 2025

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Copa FGF deve ter pouca adesão em 2025

Tradicional Copinha vale neste ano ao campeão vaga na Série D. Dupla Bra-Pel ainda não confirma presença

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Atualizado quarta-feira,
11 de Junho de 2025 às 14:48

Copa FGF deve ter pouca adesão em 2025
Com pouco mais de três meses para o início, indicativo mostra pouco interesse de clubes. No entanto, Brasil e Pelotas avaliam participação (Foto: Jô Folha)

Faltando pouco mais de cem dias para o início da Copa FGF, ainda não existem informações oficiais sobre a edição 2025 da popular “Copinha” além do cronograma divulgado pela entidade. O calendário indica o começo da competição para o dia 24 de setembro e a data limite para o encerramento no dia 7 de dezembro, com 16 datas disponíveis no total.

O prêmio mudou para esse ano. O campeão conquistará uma vaga na Série D de 2026 e não mais para a Copa do Brasil como vinha acontecendo nas últimas temporadas.

A primeira edição da Copa FGF foi realizada em 2004. Em diversas temporadas a competição contou com a partição de vários clubes. O Pelotas conquistou os títulos nas edições 2008 e 2019, enquanto o Brasil tem como melhores resultados os vice-campeonatos em 2007 e 2012.

Com o passar dos anos a Copinha foi recebendo cada vez menos atenção dos clubes, seja por problemas financeiros ou pelo calendário da FGF. Em 2021, 18 clubes disputaram. O número subiu para 25 no ano seguinte, mas vem caindo desde então.

Em 2023, apenas 14 times competiram e no ano passado somente nove participaram, o menor número da história. O São José foi o campeão ao superar o Ypiranga na final e neste ano pôde disputar a Copa do Brasil, onde chegou até a segunda fase, lucrando cerca de R$ 2 milhões.

Sem a vaga na Copa do Brasil em jogo, as equipes do Rio Grande do Sul disputarão neste ano a última vaga do Estado na quarta divisão nacional de 2026, que gera um maior calendário aos clubes, mas por outro lado exige mais gastos, além de receber valores bem menores da CBF. O prêmio viria com um possível acesso para a Série C do Campeonato Brasileiro.

Dupla Bra-Pel

Hoje a dupla Bra-Pel não tem calendário nacional para 2026. Tanto Brasil como Pelotas iniciaram o Gauchão deste ano com objetivo de permanecer na elite e conquistar uma vaga na Série D e Copa do Brasil. Dentro de campo os times não corresponderam às expectativas e tanto Xavante como Lobo foram rebaixados para a Divisão de Acesso.

A solução para tentar disputar uma competição nacional em 2026 é ser campeão da Copa da FGF. Apesar de ser o objetivo assumido de ambas as direções, nenhum dos clubes oficializou a participação, o que deve acontecer somente no congresso técnico, ainda sem data marcada pela FGF.

Na Boca do Lobo, o discurso é formar uma equipe pensando também no aproveitamento na Série A-2 de 2026, com alguns atletas do time sub-20. Caso confirme a participação na Copinha, o Pelotas buscará o tricampeonato.

No Bento Freitas, o Brasil vem jogando a Série D. Caso não passe de fase, a participação do Xavante se encerra dia 26 de julho, quase dois meses do início da Copinha. As finais estão agendadas para os dias 21 e 28 de setembro, não atrapalhando a participação do Rubro-Negro. No entanto, se subir para a Série C, o Brasil não teria mais interesse em voltar a jogar a Copa da FGF depois de 11 anos ausente.

Rivais do Gauchão

A reportagem do A Hora do Sul entrou em contato com dirigentes de todos os clubes envolvidos nas duas principais divisões estaduais deste ano e também das equipes da Zona Sul na Terceirona para saber quem planeja disputar a Copa FGF e possivelmente se tornarem adversários da dupla Bra-Pel pela vaga na Série D.

Guarany e São Luiz garantiram vaga na Série D de 2026 via Gauchão. A direção do clube de Bagé afirma que não jogará a Copinha, enquanto o time de Ijuí dificilmente disputará. O diretor de futebol do Rubro, Tiago Stragliotto, afirma que hoje as chances de participar são de apenas “5%”.

O Avenida não planeja jogar. Já a direção do São José afirma não ter uma posição definida e que o foco hoje está na disputa da Série D.

A dupla Gre-Nal e o Juventude participaram ano passado com times de base e não concorrem à vaga na Série D de qualquer maneira. O Caxias também não precisa disputar vaga nacional e não joga a Copinha desde 2019. A direção do Monsoon foi procurada via assessoria e até o momento não respondeu.

Times da Divisão de Acesso

Em 2024 apenas três times da Divisão de Acesso disputaram a Copinha. Este ano o número não deve aumentar muito. Como a competição está em andamento, a maioria dos clubes respondeu que o foco neste momento é a disputa por vaga no Gauchão do ano que vem e somente mais próximo do conselho irão avaliar se jogam ou não. Foram os casos de Aimoré, Bagé, Passo Fundo, Glória e Real.

Já Inter de Santa Maria, Brasil de Farroupilha e Novo Hamburgo aguardam o resultado na Série A-2 para definir o futuro. Gramadense, Gaúcho e Esportivo sinalizaram o interesse em jogar, enquanto Lajeadense, Veranópolis, Santa Cruz e União Frederiquense responderam que não pretendem disputar.

Equipes da Zona Sul

Na edição de 2024, apenas o São Paulo de Rio Grande jogou a Copinha entre as equipes da Terceirona. Neste ano, o presidente Paulo Costa afirmou que só disputará caso surja algum empresário interessado em investir. Rio Grande, Riograndense e Farroupilha também afirmam que não disputarão.

De acordo com Cláudio Santana, dirigente do Vovô, as dificuldades financeiras para jogar a Copinha são muitas, ainda mais de forma paralela com a Terceirona. Entre os exemplos, ele citou os gastos com inscrições de jogadores na competição. O site da FGF indica que para times fora da Série A e B do Brasileirão, o registro de cada jogador custa R$ 693.

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