Quem passa pelo supermercado Nacional da rua Lobo da Costa já percebe uma placa logo na entrada indicando o fechamento da unidade em 29 de junho. A ação faz parte da estratégia do grupo Carrefour de encerramento da bandeira Nacional.
Com a data de fechamento definida, o supermercado inicia, nesta semana, diversas promoções de queima de estoque, com descontos superiores a 70%. O setor de hortifrutigranjeiros, por exemplo, não está sendo mais reabastecido.
Célio Vieira, vice-presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Pelotas (SecPel), comenta que a entidade ainda está buscando entender melhor o assunto. É esperada para a próxima semana uma resposta do Grupo Carrefour sobre o destino dos funcionários.
A Federação dos Comerciários do Rio Grande do Sul (Fecosul) afirma que todos os funcionários das unidades fechadas no Estado serão desligados. Conforme a entidade, os trabalhadores terão direito a uma indenização adicional, além de seis parcelas de auxílio-alimentação no valor de R$ 400. Aqueles que assinarem a quitação dos contratos receberão ainda o equivalente a um piso da categoria por ano trabalhado na empresa.
Unidade do Calçadão

Futuro da unidade do Calçadão é incerto. (Foto: Jô Folha)
Além da unidade da Lobo da Costa, o supermercado da rua General Osório, no Calçadão, também segue com futuro indefinido. Em conversa com a reportagem, funcionários da loja afirmam que não foram comunicados sobre um possível fechamento, o que amplia a possibilidade do local permanecer com o grupo com a bandeira Carrefour Bairro – o que ainda não foi confirmado.
Outro indicativo de que a loja do Calçadão permanecerá aberta está na placa da unidade da Lobo da Costa. No material, o Carrefour escreve que “a partir desta data [29/06], você poderá encontrar tudo o que precisa para abastecer sua casa na unidade da rua General Osório, 656”.
Lojas vendidas
Enquanto um supermercado será fechado e outro ainda tem o futuro indefinido, duas lojas da rede já têm destino certo. As unidades localizadas nas ruas Marechal Deodoro e Gonçalves Chaves foram vendidas ao Grupo Nicolini, em uma negociação que envolve outras nove unidades em outras cidades. A venda foi aprovada na última semana pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), sem restrições.
Segundo o presidente do grupo, Patrique Nicolini Manfroi, todos os empregos serão mantidos nas lojas adquiridas, com previsão de ampliação das equipes. A reinauguração com a nova bandeira está prevista para o segundo semestre deste ano.