Região precisa de R$ 56,3 milhões para lidar com crise na saúde, aponta Famurs

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Região precisa de R$ 56,3 milhões para lidar com crise na saúde, aponta Famurs

Apuração considera déficit originado a partir da enchente de maio de 2024 e aumento dos casos de síndromes respiratórias recentemente

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Atualizado segunda-feira,
09 de Junho de 2025 às 10:39

Região precisa de R$ 56,3 milhões para lidar com crise na saúde, aponta Famurs
Pelotas declarou situação de emergência no último mês. (Foto: Jô Folha)

A Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) realizou um levantamento sobre os recursos necessários para mitigar a crise na saúde enfrentada pelos hospitais em todo o Estado. Para 27 cidades na região Sul, o valor seria de mais de R$ 56,3 milhões. Somando todas as sete regiões, o montante para socorrer o setor chega a R$ 771,6 milhões.

Conforme a Famurs, as enchentes de maio de 2024 e o aumento expressivo de 62% de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) registrado no último mês contribuíram para o agravamento da crise financeira dos hospitais e da saúde em geral, especialmente nas regiões Metropolitana, dos Vales e Sul.

Diante disso, a presidente da entidade, a prefeita de Nonoai, Adriane Perin (PP), apresentou o diagnóstico ao chefe da Casa Civil, Artur Lemos, com o pedido de liberação de recursos do governo do Estado para socorrer o setor. “Apresentamos a preocupação dos municípios com as filas para cirurgias e atendimentos de média e alta complexidade”.

Segundo Adriane, a demanda por reposição financeira também será apresentada ao governo federal. “A gestão do SUS é tripartite. Precisamos de uma resposta à altura da gravidade da crise que estamos enfrentando”, ressalta. De acordo com informações da Famurs, o governo estadual deverá apresentar uma contraproposta ao pedido em até duas semanas.

Elevação das despesas com casos de gripe

Criada recentemente, a Associação dos Hospitais da Metade Sul também realiza um levantamento contábil dos prejuízos de parte das instituições da região. Embora ainda não tenha os números, o presidente da organização concorda com o movimento da Famurs e ressalta que todo o valor repassado para auxiliar a saúde da região importa. “Qualquer circunstância que acarrete aumento de internação hospitalar aumenta os prejuízos. Tudo que vier de recurso para ajudar é bem-vindo”, diz Armando Manduca da Rocha, que também é diretor da Beneficência Portuguesa de Pelotas.

Sobre o crescimento dos casos de síndrome respiratória em Pelotas, motivo do município ter decretado situação de emergência em saúde, Manduca fala sobre a realidade vivenciada no hospital que administra. Na Beneficência Portuguesa, os 90 leitos de retaguarda para o recebimento de pacientes do Pronto Socorro (PS) têm estado constantemente lotados. “Aumentou muito o número de casos, até nos leitos particulares”.

A proposta da Famurs sugere que a distribuição dos recursos considere a população total das regiões e o nível de comprometimento dos municípios:

  • Centro-Oeste (44 municípios) – R$ 52,46 milhões
  • Metropolitana (90 municípios) – R$ 282,17 milhões
  • Missioneira (78 municípios) – R$ 50,01 milhões
  • Norte (147 municípios) – R$ 56,77 milhões
  • Serra (49 municípios) – R$ 59,51 milhões
  • Sul (27 municípios) – R$ 56,31 milhões
  • Vales (62 municípios) – R$ 214,42 milhões.

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