Prefeitura orienta medidas de prevenção a doenças respiratórias

Saúde pública

Prefeitura orienta medidas de prevenção a doenças respiratórias

Normativa voltada ao comércio de alimentos já está em vigor e é motivada pelo crescimento do número de internações

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Prefeitura orienta medidas de prevenção a doenças respiratórias
As orientações de prevenção são destinadas a comércios alimentares, indústrias de alimentos e cozinhas industriais. (Foto: Divulgação)

Após decretar situação de emergência em saúde na última semana, a prefeitura de Pelotas publicou uma portaria que orienta estabelecimentos alimentícios a adotarem medidas para prevenção da transmissão de doenças respiratórias. O conjunto de ações de etiqueta respiratória é voltado a todos os tipos de empreendimentos com a comercialização de alimentos.

Segundo o texto, a normativa considera o aumento significativo de casos de doenças respiratórias no município e o risco associado à transmissão destas doenças de uma pessoa para outra e através dos alimentos produzidos e comercializados. As orientações de prevenção são destinadas a: comércios alimentares, indústrias de alimentos e cozinhas industriais.

Conforme a diretora de vigilância em saúde, Vera Neto, a portaria é uma ferramenta de conscientização para a atual necessidade de redobrar os cuidados no atendimento ao público devido ao crescimento de registros de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG). “É uma maneira de orientar todos aqueles atendentes e funcionários para a prevenção deles e dos clientes”. A diretora também reforça que a Secretaria de Saúde realizará ações de fiscalizações do cumprimento das medidas nos estabelecimentos.

Medidas que os responsáveis pelos estabelecimentos deverão adotar

  • Determinar o uso obrigatório de máscara de proteção respiratória por trabalhadores que apresentem sintomas gripais durante a manipulação ou contato direto com alimentos, mesmo os embalados;
  • Estabelecer que os manipuladores de alimentos diagnosticados com infecções respiratórias sejam imediatamente afastados da manipulação direta de alimentos até a plena recuperação, comprovada por laudo médico;
  • Garantir a lavagem frequente e adequada das mãos dos trabalhadores que manipulam ou têm contato com alimentos embalados destinados ao público, especialmente após uso do sanitário, contato com superfícies contaminadas, tossir, espirrar ou tocar no rosto;
  • Disponibilizar pias exclusivas para lavagem de mãos nos banheiros ou e/ou locais que preparem alimentos dotados de sabonete líquido ou espuma, toalhas de papel e lixeira com tampa, com dispositivo que permita a abertura e o fechamento sem o uso das mãos, pedal ou outro tipo de dispositivo;
  • Fornecer álcool em gel a 70% para higienização das mãos dos trabalhadores que entregam alimentos embalados diretamente aos clientes;
  • Orientar os funcionários sobre a importância de higienizar frequentemente com álcool 70% bancadas e demais locais de recorrente manuseio;
  • O estabelecimento produtor ou comercializador de alimentos deve, obrigatoriamente, realizar treinamentos com os funcionários, a respeito de lavagem de mãos e etiqueta respiratória, com registro formal das datas e participantes.

A propagação de síndromes respiratórias

Em maio, o número de diagnósticos de casos de síndromes respiratórias aumentou em 75% no Pronto Socorro e em 93% na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Somente no último mês foram 1.416 notificações de doenças respiratórias registradas.

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