Rio Grande recolhe 87 toneladas de lixo em primeiro dia de coleta programada

recolhimento

Rio Grande recolhe 87 toneladas de lixo em primeiro dia de coleta programada

Descarte irregular acarretará em multa e registro de crime ambiental

Por

Rio Grande recolhe 87 toneladas de lixo em primeiro dia de coleta programada
Material recolhido é encaminhado para a triagem e depois destinado para cooperativas parceiras da cidade.

Teve início nesta semana o Programa Coleta Programada, que consiste no recolhimento de materiais inservíveis e eletrônicos, por setores, em toda a cidade de Rio Grande. Apenas no primeiro dia de ação, foram recolhidas 87 toneladas de resíduos no Setor 14, que inclui os bairros Parque São Pedro, Boa Vista I e II, Elik Wolff e Vila Alfa. Para a prefeitura, o volume significativo demonstra a receptividade e a compreensão da proposta por parte dos moradores.

De acordo com o secretário de Serviços Urbanos de Rio Grande, Dirceu Lopes, o objetivo é contar com o apoio da população para uma cidade limpa. “Esse é um serviço que a prefeitura coloca à disposição da comunidade para o descarte de resíduos de volumes grandes, para que possamos manter os bairros limpos.”, diz.

É reforçado que a coleta não compreende o lixo domiciliar, que segue sendo executado por uma empresa terceirizada no município diariamente. A coleta programada é para recolhimento de móveis velhos, eletrodomésticos, eletrônicos, podas de árvores e demais objetos classificados como inservíveis.

Cronograma

Os 67 bairros de Rio Grande foram divididos em 21 setores, que irão receber os serviços da coleta programada uma vez por mês. Os roteiros serão divulgados pela prefeitura semanalmente e as prioridades envolvem critérios técnicos como histórico de descarte irregular, densidade populacional, capacidade de atendimento logístico e alinhamento com as lideranças comunitárias.

Ontem a coleta teve continuidade no Setor 13, que compreende os bairros Cidade de Águeda, Cohab IV, Carreiros e Santa Rosa.

Maquinário

O programa conta, inicialmente, com 16 caminhões caçamba, seis retroescavadeiras, tratores e 45 trabalhadores capacitados, que foram deslocados estrategicamente para atender a cada um dos setores do município.

A prefeitura garante que a estrutura está sendo dimensionada conforme a complexidade de cada bairro e que será ajustada conforme a evolução do programa.

Destinação dos materiais

Todo o material recolhido é encaminhado para triagem e depois destinado para cooperativas de reciclagem parceiras. “Elas já estão engajadas no processo, o que fortalece a inclusão produtiva e o ciclo da economia circular”, destaca a prefeitura em nota.

Os rejeitos, que são aqueles materiais que não podem ser aproveitados para a reciclagem, são transportados para o aterro licenciado, garantindo que o impacto ambiental seja o menor possível.

Fiscalização

Integrada às ações de coleta programada, teve início também a fiscalização do descarte irregular de resíduos em Rio Grande. Com abordagens educativas, orientações e advertências formais à pessoas flagradas em situação irregular, com pedido de que os materiais fossem recolhidos e tivessem a devida destinação. O trabalho é realizado pela Patrulha Ambiental, Guarda Municipal e Fiscalização de Posturas.

Como forma de disciplinar, de acordo com o executivo rio-grandino, quem for pego descartando entulhos, móveis, galhos ou qualquer outro material em local indevido será autuado, registrado em Boletim de Ocorrência, e responderá por crime ambiental, conforme determina a Lei Federal nº 9.605/98, além das penalidades previstas no Código de Posturas do Município, cuja multa varia de R$ 300 a R$ 1.800, dependendo da gravidade e reincidência.

Cuidado é dever de todos

Desde o começo do seu mandato, a prefeita Darlene Pereira (PT) enfatiza a necessidade de ações concretas para combater a problemática do acúmulo de lixo e o descarte irregular de resíduos nas ruas de Rio Grande.Uma das primeiras medidas estabelecidas pelo governo municipal foi a realização de mutirões de limpeza e assistência em diversos bairros. “Acreditamos no Mutirão da Cidadania como uma possibilidade de trabalhar com o envolvimento, a participação e a construção das soluções em conjunto com as comunidades”, defende a prefeita.

Sobre o novo programa de coleta do município, Darlene reforça que é uma forma do rio-grandino entender que o cuidado da cidade e a diminuição na produção de lixo é um dever de todos. “Queremos o efeito da tomada de consciência da comunidade para cuidar da cidade, a partir da destinação correta dos resíduos. Sabemos que a Prefeitura tem um papel a cumprir, mas esse trabalho só dará certo se todos estiverem juntos”, diz.

Acompanhe
nossas
redes sociais