Região tem primeiro Alerta Amber para crianças desaparecidas

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Região tem primeiro Alerta Amber para crianças desaparecidas

Aviso foi emitido em desaparecimento de adolescente de Camaquã, já encontrada

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Região tem primeiro Alerta Amber para crianças desaparecidas
Notificação é feita para os aparelhos celulares conectados nas redes sociais da Meta. (Foto: Jô Folha)

Nesta semana, moradores da região sul receberam em seus celulares, por SMS ou notificação em redes sociais, um Alerta Amber para o desaparecimento de uma adolescente de Camaquã. Com origem nos Estados Unidos, a tecnologia começou a funcionar no Brasil em 2023 e, desde então, já ajudou a encontrar 38 menores desaparecidos, inclusive o caso do centro-sul gaúcho.

Esta foi a primeira vez que o alerta foi utilizado na região, segundo a Delegada Regional de Camaquã, Vivian Duarte. “Nós solicitamos, de forma interna com o Ministério a inclusão do caso no sistema e, em pouco tempo, conseguimos localizar a menina. Isso mostra que a eficácia é excelente”, diz.

De acordo com dados preliminares do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Rio Grande do Sul registrou o desaparecimento de 2.498 pessoas neste ano. Destas, 909 têm entre zero e 17 anos. O Estado aderiu ao Amber Alert apenas no ano passado.

Como funciona o Alerta Amber

Quando uma criança ou adolescente desaparece, as informações são compartilhadas com os usuários do Facebook e Instagram que estiverem em um raio de 160 quilômetros do último local onde o menor foi visto. A notificação também chega por SMS para pessoas dentro desta área de abrangência.

Uma notificação com a foto da vítima e contatos é emitida, na tentativa de localizar imediatamente o desaparecido. A mensagem de desaparecimento fica disponível por até 24 horas nas redes sociais.

Os alertas são focados em casos de desaparecimentos de menores de 18 anos, que autoridades policiais acreditam ter ocorrido em circunstâncias suspeitas e nos quais existem risco de morte ou lesão corporal. A notificação é feita pelas delegacias diretamente para a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), responsável por emitir o Alerta Amber.

O Brasil foi o 33º país do mundo a aderir à ferramenta, em agosto de 2023, oito anos após seu lançamento nos Estados Unidos, em parceria com a Meta. Os primeiros integrantes do sistema foram Ceará, Minas Gerais e Distrito Federal.

Parceria com a Meta

O Alerta Amber funciona no Brasil em parceria do governo federal com a empresa dona do Facebook e do Instagram.  Os alertas são ativados nos casos mais graves de desaparecimento de menores de 18 anos, em que autoridades acreditam que o caso ocorreu em circunstâncias suspeitas e existem riscos de morte ou lesão corporal.

Quando as pessoas veem um alerta no Facebook ou no Instagram, podem clicar para obter mais detalhes e também enviar informações que possam ser úteis às autoridades.

A Meta afirma que, antes de emitir um alerta, trabalha em estreita colaboração com as autoridades para assegurar que equipes locais estejam treinadas para usar o sistema.

Caso de Camaquã

A adolescente V.S.D.F., de 14 anos, foi dada como desaparecida pelos familiares no começo desta semana. A última vez que tinha sido vista, havia sido às 6h de domingo, em um posto de combustível.

Informações sobre as características da adolescente e a roupa que vestia, foram acrescidas no alerta emitido. Essa ação fez com que ela fosse localizada, poucas horas depois, por seguranças de um shopping de Porto Alegre. A Brigada Militar foi acionada e a adolescente retornou para Camaquã, onde está sob os cuidados da família.

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