Estudantes de Odontologia da UFPel deflagram greve

Paralisação

Estudantes de Odontologia da UFPel deflagram greve

Falta de materiais e equipamentos danificados motivaram a paralisação; movimento denuncia impactos nos atendimentos

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Atualizado sexta-feira,
30 de Maio de 2025 às 14:43

Estudantes de Odontologia da UFPel deflagram greve
Alunos estão reunidos nas imediações do campus (Foto: João Pedro Goulart)

Estudantes de Odontologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) realizaram uma paralisação nesta sexta-feira (30), em frente ao prédio do curso, contra a precariedade da infraestrutura oferecida. Segundo os alunos, faltam materiais essenciais para os atendimentos, equipamentos estão danificados e a unidade não recebe verbas suficientes para manter as atividades em funcionamento.

Após assembleia de estudantes realizada na última quinta-feira (29), a decisão foi pela deflagração de greve estudantil por tempo indeterminado ou até as “demandas serem ouvidas”. A principal reivindicação do movimento é a melhoria das condições de trabalho e atendimento aos pacientes. Os estudantes afirmam que a paralisação foi a única alternativa encontrada diante da falta de resposta efetiva da instituição.

Segundo os estudantes, a principal reivindicação do movimento é a melhoria das condições de trabalho e de atendimento aos pacientes. Eles afirmam que a paralisação foi a única alternativa diante da falta de resposta efetiva da instituição.

Impacto nos atendimentos

Aluna do nono semestre da faculdade, Andrea Daneris é uma das integrantes do comitê oficial da greve. Ela explica que a infraestrutura insuficiente não afeta apenas os estudantes, e sim pacientes de toda a região. “A gente atende toda a Zona Sul, serviços especializados como patologia e atendimento a pacientes com necessidades especiais são feitos aqui, mas não temos estrutura nem recursos para isso”, afirma Andrea.

Segundo a presidente do Centro Acadêmico da Odontologia, Jandrice Silveira, em fevereiro, a faculdade atendeu mais de 4,3 mil pacientes de Pelotas e outras cidades da região. “A nossa atuação vai muito além dos muros da universidade. É uma questão de saúde pública”, enfatiza Jandrice.

Além da falta de repasse de verbas e ausência de materiais básicos, os estudantes denunciam equipamentos danificados, que forçam a interdição de clínicas ou o cancelamento de atendimentos. Outra demanda são obras prometidas há anos que ainda não foram entregues e, conforme alegam, a unidade aparece apenas em quarto lugar na lista de prioridades da reitoria.

O principal interesse dos estudantes é que aconteça uma reunião junto à reitoria para discutir as prioridades e possíveis soluções.

Nota da UFPel

Por meio de nota, a UFPel diz que foi procurada pela direção da unidade e que se movimenta para ouvir os estudantes e atender as reivindicações dentro do possível. A universidade declara que ainda não tinha conhecimento da situação relatada pelos estudantes, uma vez que a gestão das condições estruturais e operacionais da Faculdade de Odontologia é de responsabilidade da direção da unidade.

A UFPel diz ainda que compreende a importância das questões levantadas e se compromete a auxiliar a direção para buscar soluções efetivas para as demandas. Na sexta-feira houve uma reunião entre os estudantes, a direção da unidade e representantes da administração central, para analisar as necessidades e buscar alternativas. O resultado não havia sido divulgado até o fechamento desta edição.

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