Alunos reproduzem cúpula da Catedral São Francisco de Paula

Educação Patrimonial

Alunos reproduzem cúpula da Catedral São Francisco de Paula

A ação é coordenada pela Alma Patrimônio Cultural e Ambiental

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Atualizado quinta-feira,
29 de Maio de 2025 às 14:04

Alunos reproduzem cúpula da Catedral São Francisco de Paula
Técnica usada é a papietagem. (Foto: QZ7 FIlmes)

A cúpula da Catedral Metropolitana São Francisco de Paula reproduzida pelas mãos de pré-adolescentes que descobrem o verdadeiro significado de patrimônio e da preservação. Em mais uma etapa do programa Educação Patrimonial, inserido no projeto de restauro da igreja, o trabalho do Alma Patrimônio Cultural e Ambiental entra na fase final das atividades com as turmas do 7ºano do Colégio São José. Através da técnica de papietagem, balões, papel colorido e cola recriaram uma das partes mais simbólicas das Catedral. Os trabalhos vão para exposição ao final do processo de restauro.

A arqueóloga e educadora ambiental Marta Bonow Rodrigues, explica que a escolha pelos alunos do colégio é para dar continuidade com o grupo que já participou de ações durante o restauro da Igreja do Porto. “Nosso entendimento é de que a educação patrimonial não pode ser composta de uma atividade pontual. Ela precisa ter uma continuidade e preferencialmente que ela entre nos currículos escolares. O que ainda não é uma realidade, mas que a gente vai tentando com esses projetos para que as próprias escolas se apropriem dessa temática, desse formato”, define.

Antes da fase lúdica, os alunos participaram de uma palestra dialogada para apresentação dos conceitos de patrimônio cultural. Na visita guiada na Catedral, a professora Suelen Cortez contou a história do espaço religioso, sobre a edificação do prédio, a questão arquitetônica, histórica, estética e religiosa. “A atividade artística manual que faz com que os alunos tenham esse tempo de conversa entre eles para falar sobre o que aprenderam de patrimônio. Esse momento deixa um sentimento de pertencimento deles também com esse bem patrimonial.”

Para o estudante Federico de Antiqueira Odeh, 12, a participação lhe permitiu ampliar conhecimentos sobre a história da cidade. “Esse trabalho está nos ajudando a reconhecer a arquitetura desde o início de Pelotas, que é um lugar com muita história, tradição e detalhes.” Luzia dos Santos Souza Soares, 12, participou do projeto na Igreja do Porto e agora se encanta com a grandiosidade da Catedral. “Estamos fazendo uma cúpula da igreja com um balão, papel picado, cola, e montando o mosaico”, explica. Pela visita guiada, ela e as colegas do grupo: Maria Antônia, Elaine, Maria Angélica, Maíra, Marina e Anita contam que não tinham dimensão do que era a Catedral por dentro, sendo que as pinturas e os mármores chamaram bastante a atenção. “É muito importante a gente ter esse patrimônio e todos os outros, porque eles carregam uma história extremamente importante para Pelotas e mostram como as coisas eram no passado e como podem ser no futuro”, pontua Luzia.

Para Marta, a proposta do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) é semear esse sentimento de pertencimento nas crianças e adolescentes em formação. “Isso começa a fazer parte do cotidiano e acabam absorvendo para a vida deles, para que no futuro possam cobrar, de várias formas, a preservação do patrimônio.” A atividade teve o acompanhamento das professoras de arte Márcia Silveira e a de Português, Daniela Silveira de Almeida.

Sobre o restauro

Este ano, o restauro da Catedral será dividido em três partes simultaneamente, financiados pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura, emendas parlamentares e Lei Rouanet. À frente do plano de preservação da Catedral está a arquiteta Simone Neutzling, da Perene Patrimônio cultural, responsável pela elaboração do projeto de restauração do templo e proponente do projeto “Etapa Final da Cobertura: Restauração da Catedral Metropolitana São Francisco de Paula”, via Lei de Incentivo à Cultura.

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