Pelotas completa um ano como Capital Nacional do Doce

Reconhecimento

Pelotas completa um ano como Capital Nacional do Doce

Título foi concedido com o objetivo de impulsionar a gastronomia e o turismo local

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Pelotas completa um ano como Capital Nacional do Doce
O título foi concedido por intermédio do Ministério do Turismo. (Foto: Jô Folha)

No dia 28 de maio de 2024, enquanto a região sul ainda sofria com os reflexos das enchentes, Pelotas foi reconhecida pelo governo federal como Capital Nacional do Doce. O título, concedido por intermédio do Ministério do Turismo, tinha por objetivo impulsionar a gastronomia e o turismo, além de enaltecer a tradição doceira da cidade e da região. No entanto, na avaliação do setor, ainda faltam investimentos.

Na visão da presidente da Associação dos Produtores de Doces de Pelotas, Simone Bica, a lei é de grande importância para proteger a cultura e agregar valor ao produto, mas as dificuldades econômicas também influenciam no trabalho. “O nosso reconhecimento perante outros lugares, outros estados, aumentou bastante, mas, como o momento econômico não é muito bom em relação a vendas, as coisas não se modificaram muito”, diz.

Com relação aos investimentos, que foram destacados como potenciais a partir do título de Capital Nacional do Doce, Simone também afirma que a classe ainda espera por projetos sólidos. “Tivemos bastante reconhecimento, mas investimentos ainda não tiveram muitos. Acredito que a partir do final deste ano em diante conseguiremos fazer um trabalho mais forte em por esses investimentos, para fazer com que essa tradição doceira cresça e tenha uma estrutura melhor de trabalho”, destaca a presidente.

Tradição doceira

Atrás da produção dos doces, que deram o título para Pelotas, está o trabalho de décadas das doceiras. Zaira Costa, 72, conta que começou fazendo bolos de casamento por curiosidade e necessidade, depois fez cursos e migrou para a produção dos doces finos, há mais de 40 anos. A doceira relembra o início do seu trabalho na Rua do Doce – ainda no espaço antigo – e que produzia em casa para poder cuidar da filha.

Sobre a correria do dia a dia, às vésperas da Fenadoce, Zaira fala com alegria que gosta da rotina. “É sinal de que está tudo dando certo, que estamos trabalhando bastante. Não saberia fazer outra coisa na vida”, aponta.

Movimentação aumenta no inverno

Para as doceiras, o período mais frio do ano é o mais aguardado pelo aumento nas vendas, que compensa a queda no verão. Márcia Torres, 47, trabalha na Rua do Doce e afirma que o movimento já está aumentando, principalmente após o horário de almoço. “Todos passam por aqui pra pegar a sua sobremesa, agora no inverno também trabalhamos com chocolate quente, o que ajuda a movimentar ainda mais”, afirma.

Fenadoce

A 31ª edição da Fenadoce acontecerá entre os dias 16 de julho a 3 de agosto. A preparação para a fabricação dos doces já iniciou e as expectativas são positivas. “É a época do ano em que mais trabalhamos. Centenas de pessoas de outras cidades, estados e também de fora vem prestigiar a nossa feira, movimentando a economia de toda região. Acreditamos que esse ano, mesmo com a economia não estando tão forte, o nosso doce será destaque e as vendas serão muito boas”, projeta Simone Bica.

No ano passado, quando a feira completou 30 anos, 1,9 milhão doces foram vendidos e 311 mil visitantes passaram pelos estandes do Centro de Eventos da Fenadoce.

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