Ciclo da Oferta Permanente por petróleo conta com setores da Bacia de Pelotas

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Ciclo da Oferta Permanente por petróleo conta com setores da Bacia de Pelotas

Doze empresas apresentaram declarações de interesse e garantias de oferta

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Ciclo da Oferta Permanente por petróleo conta com setores da Bacia de Pelotas
Expectativa é por identificação de petróleo na região. (Foto: Divulgação)

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulgou a sequência de ofertas para o 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão. No total, serão ofertados 16 setores, dos quais quatro pertencem à Bacia de Pelotas. Doze empresas apresentaram declarações de interesse e garantias de oferta para os 16 setores.

A sessão pública, marcada para 17 de junho, terá início com a licitação dos blocos exploratórios terrestres dos dois setores da Bacia dos Parecis, seguida dos blocos exploratórios marítimos, distribuídos entre os 14 setores com declarações de interesse nas bacias da Foz do Amazonas, Potiguar, Santos e Pelotas.

A Oferta Permanente é a modalidade de licitação para exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil. Esse formato possibilita que as empresas analisem os dados técnicos das áreas e apresentem ofertas sem a limitação de prazos fixos ou ciclos determinados. Atualmente, existem duas modalidades, de acordo com o regime de contratação: Oferta Permanente de Concessão (OPC) e Oferta Permanente de Partilha da Produção (OPP).

Em dezembro de 2023, 44 blocos da Bacia de Pelotas foram arrematados, com um bônus de R$ 298,7 milhões pago à União na assinatura do contrato e uma previsão de, ao menos, R$ 1,5 bilhão em investimentos, envolvendo empresas como Chevron, consórcio Petrobras/Shell/Cnooc e consórcio Petrobras/Shell.

O professor Giovani Cioccari, da Universidade Federal de Pelotas, afirma que “os dados adquiridos por sísmica, associados à modelagem de sistemas petrolíferos, mostram áreas com boa propensão na bacia”. Além disso, ele coloca que os blocos que estão nesses setores possuem sistemas geológicos análogos com as bacias sedimentares da costa da Namíbia, onde recentemente foi encontrado petróleo.

Relembre

Em novembro de 2024, foi divulgado que um dos poços identificados na Bacia de Orange, na Namíbia, contém uma reserva estimada em 1,7 bilhão de barris de óleo. Considerando que a formação geológica da costa sul brasileira apresenta características similares à do litoral africano e que ambas se originaram durante o período do supercontinente Pangeia, o óleo encontrado na África pode estar presente também em águas gaúchas.

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