Estratégias para desenvolver práticas agrícolas sustentáveis, com foco na redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) na agricultura, passam a ser desenvolvidas pela Emater na região sul do Estado. A meta é sensibilizar 1.066 produtores rurais e implantar o sistema em 166 localidades.
O denominado Plano ABC (Agricultura de Baixo Carbono) existe desde 2010. Em 2022, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançou nova edição, com o objetivo de fortalecer a agricultura de baixo carbono.
Conforme o engenheiro-agrônomo e extensionista da Emater Pelotas, Luciano Ossanes, a estratégia é transformar o setor agropecuário em uma economia de baixo carbono. “Ao mesmo tempo, com o programa também queremos aumentar a produtividade e a renda dos produtores rurais”, comenta.
O projeto vai abranger os 22 municípios da região sul. Em Pelotas, a meta será sensibilizar 120 produtores rurais, implementar uma unidade de referência, implantar boas-práticas em 18 propriedades, capacitar dois técnicos e realizar um evento. Ossanes destaca que a iniciativa já vem sendo apresentada em eventos como o Dia de Campo e outros eventos coletivos que contam com a participação de representantes da Emater.
Práticas da produção sustentável
De acordo com o engenheiro-agrônomo, para reduzir a emissão de carbono na agricultura, pode-se adotar práticas como reflorestamento, uso de fertilizantes orgânicos, plantio direto, rotação de culturas, uso de energias renováveis e gerenciamento adequado de resíduos. “Essas práticas contribuem para a redução de gases de efeito estufa e para a melhoria da saúde do solo”, complementa. O projeto também pretende ajudar a mitigar as mudanças climáticas, assim como aumenta a produtividade das lavouras e contribui para a conservação do solo e da biodiversidade.
Metas estaduais
No Rio Grande do Sul, a meta é expandir a agricultura de baixa emissão de carbono para 4,6 milhões de hectares até 2030 e mitigar 75 milhões de toneladas de CO2 equivalente. As práticas sustentáveis incluem recuperação de pastagens degradadas, sistema de plantio direto, sistemas de integração, orestas plantadas, bioinsumos, sistemas irrigados, manejo de resíduos da produção animal e terminação intensiva de bovinos.
