O Dia Internacional da Diversidade Biológica não passou em branco no Campus Visconde da Graça (CaVG), do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul). A data, comemorada na quinta-feira, foi uma oportunidade para muitos estudantes conhecerem as espécies presentes no campus através de um conjunto de atividades interativas. O evento foi organizado por um grupo de alunos e professores do projeto de pesquisa Biodiversidade do CaVG.
Ao todo, já foram catalogadas 161 espécies de animais — entre aves, mamíferos, répteis, anfíbios, peixes e insetos — além de 131 espécies de plantas, tanto nativas quanto exóticas, que habitam o campus CaVG. O projeto tem a intenção de divulgar essas espécies em sua página oficial no Instagram, para alcançar a comunidade e despertar a consciência sobre a importância da conservação.
Nas atividades de ontem, os estudantes do CaVG foram convidados a assistir a um vídeo com informações sobre algumas espécies do campus. Além disso, puderam participar de jogos com a temática da biodiversidade, demonstrar os conhecimentos que já possuem e conhecer mais sobre as espécies. Também foram distribuídos adesivos com imagens de espécies animais e vegetais, bem como mudas de plantas frutíferas nativas.
A área do CaVG possui 201 hectares e abriga uma grande diversidade biológica. Recentemente, foi feito um registro inusitado de um tamanduá-mirim no campus, o que despertou a curiosidade da comunidade acadêmica. Para a professora e idealizadora do projeto, Tângela Perleberg, as atividades também buscam despertar o interesse dos estudantes e os conscientizar sobre a importância da preservação.
A docente acrescenta: “Conhecer e valorizar a diversidade biológica é fundamental, pois ela garante o equilíbrio dos ecossistemas e assegura recursos essenciais para a nossa sobrevivência”. Dessa forma, é viável traçar estratégias de conservação que contribuam para a sustentabilidade ambiental e o bem-estar das futuras gerações.
Valor pelos ecossistemas
Como bolsista do projeto, Elisane Dutra, 31 anos, trabalha com pesquisa de campo, fotografia, catalogação de espécies e a divulgação desses conhecimentos pela página. Ela explica que iniciativas como a de ontem são fundamentais para conectar o CaVG à comunidade. “Quando a comunidade entende o valor dos ecossistemas, fica mais engajada em protegê-los. Esse é o maior impacto que um projeto como o nosso pode ter”, define.
Ampliar a visão
A estudante e voluntária no projeto, Franciélen da Silva, 26 anos, defende as atividades práticas como um método eficiente de ensino que aproxima o aluno da sala de aula. Com a pretensão de ser professora e atuar na área das ciências, ela comenta sobre a necessidade de entender a biodiversidade diante do momento climático. “Conhecer a biodiversidade de um determinado local vai além de uma emergência, é uma necessidade”, conclui.
Cultivar a sustentabilidade
Aluna do curso de agropecuária integrado, Alessandra Silveira participou da ação e ganhou uma muda de araça para casa, conquistada ao participar de uma dinâmica do dia. “A gente se conscientiza mais quando vê que tem animais vivendo aqui dentro, como o tamanduá. Mostrando o que tem no CaVG, a gente entende que precisa cuidar para não afetar o ambiente deles.”