O vereador Cauê Fuhro Souto (PV) denunciou o caso de um funcionário fantasma no Sanep. Segundo o parlamentar , o servidor, que é cargo de confiança indicado pelo vereador Antônio Peixoto (PSD), não assina o livro ponto desde o começo do ano. Sanep e Peixoto negam irregularidades [leia abaixo].
De acordo com Cauê, “ele se recusa a bater o ponto biométrico e foi criado uma ficha ponto somente para ele”. O vereador também alega que teve o acesso ao ponto negado por uma servidora do Sanep. Após não ter acesso ao ponto, Cauê chamou a Brigada Militar e outros vereadores.
Em nota, o Sanep afirma que o servidor denunciado atua no atendimento de demandas à autarquia no Procon. “Ao receber a solicitação do Procon, um canal de grande relevância no relacionamento entre o poder público e os pelotenses, [o Sanep] disponibilizou um dos servidores para desempenhar essa atividade e qualificar o atendimento ao público”, diz a nota.
Segundo Peixoto, a denúncia é “completamente infundada”. “No Procon ele cumpre expediente, assina folha ponto e tem farta comprovação de sua atuação junto ao atendimento desde o primeiro dia”, afirma o vereador em nota. Peixoto diz que jamais indicaria ou compactuaria com a permanência de alguém no serviço público “que não cumprisse, com responsabilidade, a sua função junto à população”.
A autarquia também alega que Cauê não teve o acesso ao livro ponto negado e que a servidora apenas consultou a Procuradoria Geral do Município antes de apresentar os documentos.
O caso repercutiu na sessão desta quinta-feira. O vereador Marcelo Bagé (PL) criticou a negativa de acesso ao documento. “A culpa não é da servidora, que estava lá cumprindo ordens, a responsabilidade é do governo, que não orienta bem os servidores no trato com os vereadores”, disse Marcelo Bagé (PL).
Júnior Fox (PL) defendeu que se investigue a denúncia e quem indicou o servidor. “Quem recebe um salário de R$ 9 mil para não trabalhar tem que sair na capa do jornal, se realmente isso for comprovado”, disse.
Ainda durante a sessão desta quinta, Peixoto e Cauê tiveram uma discussão acalorada sobre a denúncia na sala reservada dos vereadores no plenário.
Leia a íntegra da nota do Sanep
O Sanep esclarece que, diferentemente do exposto pelo vereador Cauê Fuhro Souto, em sua rede social, em nenhum momento foi negado acesso à informação solicitada ao Departamento de Recursos Humanos da autarquia, nessa quarta-feira (21). A servidora responsável pelo atendimento procedeu de forma totalmente cordial e solícita. Consultada, a Procuradoria Geral do Município autorizou o acesso às informações, que foram prontamente fornecidas ao vereador.
Sobre o conteúdo da denúncia, o servidor, mencionado indiretamente pelo vereador, atua no acolhimento e resolução de demandas relacionadas à autarquia cadastradas junto ao Procon, local onde é prestado o expediente. O Sanep tem como principal pilar a prestação de um serviço de qualidade à população, o que inclui um atendimento adequado ao cidadão. Sendo assim, ao receber a solicitação do Procon, um canal de grande relevância no relacionamento entre o poder público e os pelotenses, disponibilizou um dos servidores para desempenhar essa atividade e qualificar o atendimento ao público.
Leia a íntegra da nota de Antônio Peixoto
A suposta denúncia de que um funcionário indicado por mim ao Sanep seria fantasma é completamente infundada, uma vez que o mesmo é servidor da autarquia, mas atua regularmente no Procon (não diretamente no Sanep), atendendo às demandas de consumidores que chegam em relação à autarquia e a outros casos.
No Procon ele cumpre expediente, assina folha ponto e tem farta comprovação de sua atuação junto ao atendimento desde o primeiro dia como os protocolos e processos realizados diariamente. Esclareci hoje a situação aos vereadores que fizeram a suposta denúncia, uma vez que afirmaram não terem obtido maiores explicações sobre os fatos no dia da abordagem.
A retidão, o trabalho honesto e transparente sempre foram marca da minha atuação pessoal e profissional, portanto, jamais indicaria ou compactuaria com a permanência de alguém a um posto no serviço publico que não cumprisse, com responsabilidade, a sua função junto à população.
Considero o assunto envolvendo esta situação encerrado.
Vereador Antônio Peixoto, PSD