Falta de infraestrutura na ERS-473 prejudica produtores rurais e transporte de cargas

Tráfego prejudicado

Falta de infraestrutura na ERS-473 prejudica produtores rurais e transporte de cargas

Estrada utilizada para o escoamento de grãos e pecuária de Arroio Grande, Pedro Osório, Cerrito e Herval tem problemas de trafegabilidade há pelo menos uma década

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Falta de infraestrutura na ERS-473 prejudica produtores rurais e transporte de cargas
Problemas na estrada são constantes. (Foto: Divulgação)

O inverno ainda não chegou – período mais crítico devido ao volume de chuvas -, e os problemas para a trafegabilidade na ERS – 473, no trecho que conecta o distrito de Santa Isabel do Sul, em Arroio Grande, à BR-116 têm causado prejuízos a produtores rurais, moradores e caminhoneiros que utilizam a estrada.

Conhecida como Vila Santa Isabel, a comunidade conta com cerca de 200 famílias e uma cooperativa de pescadores, chamada Coopesi. A ERS- 473 é a única via de acesso a essa localidade e a forma de comercializar o pescado. Além disso, a estrada é importante caminho para o escoamento da produção agrícola e pecuária para o porto de Rio Grande da chamada microrregião da Zona Sul.

Com a falta de infraestrutura para a circulação na 473, tanto os moradores e pescadores da Santa Isabel, como os produtores rurais de cinco cidades da região (Arroio Grande, Pedro Osório, Jaguarão, Cerrito e Herval) enfrentam dificuldades para o deslocamento e o escoamento de produção há pelo menos uma década.

Diante do acúmulo de buracos e de barro após breves chuvas, o tempo de trajeto até a Vila Isabel chega a triplicar.  Além disso, o transporte para o porto de Rio Grande tem que ser feito pela rota de Pelotas, o que além de levar o dobro do tempo, também é mais caro devido aos gastos com combustível.

Reivindicação por melhorias é histórica

Os problemas já motivaram protestos de moradores da Vila Santa Isabel e produtores rurais em 2022 e anualmente retorna ao debate diante da manutenção considerada precária. Conforme o presidente do Sindicato dos Agricultores de Arroio Grande, o patrolamento é realizado esporadicamente. O serviço também é considerado ineficiente, devido à falta de reposição de material, como cascalho, na estrada.

“Ela tem um impacto econômico fortíssimo para região. Não temos assistência nenhuma por parte do Daer, é muito raro ter um patrolamento. Queremos municipalizar essa estrada”, diz, João Cezar Larrosa. O presidente do Sindicato ressalta que com a chegada do inverno as dificuldades para circular na 473 se agravam. “É um inferno, tu leva muitas vezes mais de uma hora e meia para fazer um trajeto que deveria ser de meia hora”.

Atualmente em período de escoamento de safra, o agricultor Juliano Rocha, reclama dos obstáculos para transportar a produção. A estrada está abandonada, só tem reparos paliativos que não suprem a necessidade da via. Toda hora é caminhão atolando ou quebrando”, diz.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Logística e Transporte do RS e com Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), no entanto, não recebeu retorno aos questionamentos sobre a manutenção da ERS-473 até o fechamento dessa edição.

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