Há 50 anos
Secretário de Turismo afirma que Pelotas deve investir na área cultural
Em visita a Pelotas, o secretário estadual de Turismo, Mário Ramos, falou sobre a preocupação do governo estadual com esse setor na Zona Sul do Estado. O gestor falou de incentivo, mas disse que não queria “acender falsas esperanças”.
De acordo com Ramos, foi levantada uma certa carência da atividade do setor público nesta área. O objetivo era ouvir as demandas e apontar soluções. Por este motivo reuniu-se com os prefeitos que integram a sub-comissão Intersetorial de Turismo da Zona Sul, juntamente com diretores de órgãos desta área dos municípios, sob a liderança do prefeito, Ary Rodrigues Alcântara, de Pelotas.
“O grande potencial turístico do Rio Grande do Sul não está apenas na serra, nem no nosso litoral, nem nas Missões. A Zona Sul tem características excepcionais e deve ser bem explorada”, afirmou Ramos. Sobre Pelotas, afirmou: “É uma cidade de tradição ímpar dentro do Rio Grande do Sul, não só no aspecto econômico, mas sobretudo no aspecto cultural, sendo este último a maior vocação da cidade”, comentou o secretário.
Ramos também prometeu que o Estado contribuiria para a consolidação do projeto de um camping em Pelotas. O secretário ainda elogiou a Festa do Pêssego e disse que ela era mais conhecida do que o próprio pelotense imaginava.
Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense
Há 100 anos
Vapor transatlântico Madeira chega a Rio Grande
Ancorou-se no porto de Rio Grande, vindo de Hamburgo, um luxuoso vapor transatlântico alemão Madeira, da Companhia Hamburguesa Sul Americana. O navio trazia muitos passageiros, tanto da primeira quanto da terceira classe, que se dirigiam ao Rio Grande do Sul.
A embarcação também trouxe cargas para Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre, num total de 2.390 toneladas. O regresso para a Europa estava previsto para o dia 30 de maio de 1925.
Moradores da Zona Sul do Estado aproveitaram a parada para comprar passagens para outros portos do país. De acordo com a companhia, a procura foi tão grande que os lugares foram esgotados rapidamente.
A Companhia Hamburguesa prometeu que outros paquetes, como o Tucuman, Vigo e La Coruna, que possuíam ótimas acomodações na classe “Preferência”, que ainda era pouco conhecida pelos passageiros do Estado. Essa designação indicava acomodações muito confortáveis e com decoração de “bom gosto”.
Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense
Há 100 anos
Discurso de Assis Brasil não é bem-recebido em Mello
Crítico do político e agropecuarista Joaquim Francisco Assis Brasil (1857-2938), nesta época ainda exilado, contou na crônica A lua do senhor Assis Brasil na fase minguante, que o gaúcho esteve em Mello, no Uruguai, e entrou em uma reunião de criadores de gado. Segundo o cronista, o encontro dos pecuaristas era para tratar de temas técnicos pertinentes à lida campeira e a melhorias no setor.
Porém, Assis Brasil pediu para falar à plateia e tirou do bolso um discurso que foi afugentando, aos poucos, a audiência. “O senhor Assis Brasil tinha estragado a festa, mas…confirmado seus créditos”, escreveu o crítico ao político de Pedras Altas.
Com o fim da Revolução de 1923, ratificada com a assinatura do pacto de Pedras Altas, no castelo do próprio político, que leva o nome do município, Assis Brasil se exilou no Uruguai, a partir de 1924. Mas em seguida seguiu com a família para a Argentina.
Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense