Região monitora ocupação de leitos após decreto estadual de emergência

Saúde pública

Região monitora ocupação de leitos após decreto estadual de emergência

Dados da SES apontam para um cenário tranquilo na Zona Sul até o momento

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Atualizado terça-feira,
20 de Maio de 2025 às 10:49

Região monitora ocupação de leitos após decreto estadual de emergência
Autoridades reforçam a importância da vacinação preventiva contra casos de Influenza em todas as idades. (Foto: Rodrigo Chagas)

Com a divulgação do decreto de emergência por aumento nos casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG), pelo governo do Rio Grande do Sul ontem, os municípios da região sul seguem com o monitoramento da ocupação de leitos nos hospitais de referência. No momento, não há alertas de superlotação, mas com a chegada do frio e umidade, a preocupação está no aumento das doenças respiratórias, comuns nestes períodos do ano.

O Painel de Hospitalizações por SRAG da Secretaria Estadual da Saúde (SES), mostra um cenário ainda tranquilo na Região de Saúde Sul, com 128 hospitalizações desde o começo do ano e 25 óbitos. Em comparação, no mesmo período, apenas Porto Alegre tem 656 hospitalizações e 41 óbitos por SRAG.

Ainda que o cenário na região seja positivo, é reforçada a importância da vacinação contra a Influenza, para que não ocorra desassistências nas unidades de saúde e superlotação nos hospitais. As SRAG’s abrangem casos de síndromes gripais que evoluem com comprometimento da função respiratória. As causas podem ser influenza, Covid-19, pneumonia, entre outros vírus respiratórios.

Internações não são expressivas em Rio Grande

O Complexo Santa Casa do Rio Grande informou que não tem leitos específicos destinados à internação de pacientes com Síndromes Respiratórias Agudas Graves. Ainda, pontua que não foi registrado um número expressivo de internações relacionadas a essas síndromes. Em abril, foram contabilizadas três internações por SRAG, e em maio, até o momento, apenas dois casos que precisaram de internação na instituição.

Quanto aos leitos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS), a taxa de ocupação, neste momento, é de 85% no Complexo, que compreende o Hospital Geral e o Hospital de Cardiologia e Oncologia.

85% dos leitos ocupados na Santa Casa de São Lourenço

O mesmo cenário é observado em São Lourenço do Sul. A Santa Casa do município não conta com leitos SUS específicos para as SRAGs. A instituição está com os leitos de observação todos ocupados e, para os demais atendimentos, a taxa de ocupação também está em 85%.

Pelotas busca ampliação

De acordo com a secretária da Saúde de Pelotas, Ângela Vitória, o aumento nos casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves é aguardado no município, como ocorre em todos os anos, principalmente entre os meses de maio e julho. Com isso, a atenção também se volta para os atendimentos iniciais e para as internações.

Ações estão sendo desempenhadas de forma preventiva, segundo a secretária. “Ampliamos o funcionamento das Ubai’s nos feriados e finais de semana, para a oferta de atendimentos de primeira consulta, e estamos em tratativas com os hospitais para ampliação da oferta de leitos”, garantiu.

RS em emergência

A faixa etária de maior atenção para SRAG, neste momento, é a de crianças com até cinco anos de idade, cujas hospitalizações dobraram nos últimos dias no Estado. O decreto, assinado ontem pelo governador Eduardo Leite (PSD), será publicado hoje no Diário Oficial do Estado. A situação foi agravada por conta do cenário de superlotação de leitos do SUS, principalmente na capital gaúcha, que já havia decretado emergência na última sexta-feira.

De acordo com o governo gaúcho, a medida permite que os municípios tenham acesso facilitado para ações emergenciais, como contratação de profissionais da saúde ou compra de insumos. Além disso, o Estado e os municípios podem buscar financiamento com o Ministério da Saúde para leitos direcionados para pacientes com problemas respiratórios.

A validade do decreto é de 120 dias, que passará a contar a partir da publicação.

Vacinação contra a Influenza

Por conta de ser uma das principais causas de internações por SRAG, o governo do Rio Grande do Sul ampliou para toda a população, a partir dos seis meses de idade, a vacinação contra a gripe.

Pelotas aplicou, até segunda-feira (19), 32.964 doses da vacina contra influenza. No entanto, a cobertura vacinal do grupo prioritário – como crianças de seis meses a seis anos, idosos com 60 anos ou mais e gestantes – não chega a 30%. O mesmo ocorre em Rio Grande, com pouco mais de 23 mil doses aplicadas, mas apenas 32% do grupo prioritário recebeu as vacinas.

Em Pelotas, o imunizante está disponível nas UBSs nos horários habituais de atendimento ou na Casa da Vacina, das 8h às 17h, de segundas a sextas-feiras, na rua Gonçalves Chaves, 437. É necessário apresentar apenas a carteira de vacinação ou documento de identidade.

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