O Rio Grande do Sul decretou emergência por conta do aumento de casos de doenças respiratórias. Em Pelotas, menos de 25% do grupo prioritário se vacinou contra a gripe. As duas notícias vêm de mãos dadas: não nos prevenimos, tanto com imunização quanto com medidas sanitárias, e nos contaminamos e repassamos o vírus. O mais impressionante disso tudo é que tal cenário vem cinco anos após uma crise histórica causada pelos mesmos motivos, onde milhões de pessoas morreram.
Faz poucos dias que falamos, neste mesmo espaço editorial, sobre a importância de retomarmos o hábito, enquanto sociedade brasileira, de nos vacinarmos e prevenirmos doenças. Passa pela gripe, Covid-19, sarampo, poliomielite e tantas outras doenças. O enfraquecimento do hábito de prevenção é um dos grandes desafios do país em termos de saúde. Isso preserva vidas e alivia o sistema público e os hospitais.
Um pouco dessa sobrecarga estrutural certamente ainda é resquício de anos de pandemia. Sabia-se que o sistema ia ser testado ao máximo. De lá para cá, diversas instituições de saúde da região entraram em crise financeira, e poucos movimentos coletivos e de governos ainda são vistos para resgatar essas entidades. Se o Estado vive um momento de emergência, a Zona Sul já passou deste ponto há algum tempo e ainda não viu solução para os casos das Santas Casas de Rio Grande e São Lourenço do Sul, por exemplo.
Fora isso, há que se retomar o hábito de se cuidar, por atenção consigo mesmo e com o próximo. Mesmo com hospitais e o sistema público à beira de um colapso constante, ainda há vacinas e outras medidas que podem ser tomadas individualmente para prevenir a transmissão de vírus. A vacinação é a principal delas, mas há uma série de atitudes que decoramos na pandemia, como usar álcool gel e máscara em casos de sintomas, por exemplo, que podem ser muito bem repetidas hoje. Basta querer.