Vem caindo a cada jogo o número de torcedores nas arquibancadas do Bento Freitas desde o rebaixamento do Brasil no Gauchão. Conforme o boletim oficial, apenas 848 pessoas testemunharam o empate contra o Guarany, neste domingo (18) à tarde, apesar dos ingressos vendidos por R$ 20 e do acesso gratuito às mulheres vestindo a camisa do clube.
O afastamento de alguns rubro-negros da Baixada é escancarado pelos números. O menor público durante o Estadual foi na derrota por 3 a 2 para o São José, quando, segundo o borderô, 2.516 pessoas marcaram presença. Já na Série D do Brasileirão, os registros são de 1.608 (Barra) e 1.528 (São José), antes da partida diante do time de Bagé.
No domingo, a casa xavante recebeu seu mais baixo público desde a goleada por 4 a 0 sobre o Avenida, em 10 de julho do ano passado (648 pessoas naquela ocasião). O aproveitamento do Brasil como mandante também caiu. Em 2024, a equipe conquistou 60% dos pontos na Baixada. Na atual temporada, por enquanto, 40%.
Sócios e valores
Com relação ao quadro social, o presidente Vilmar Xavier disse em entrevista ao A Hora do Sul, em abril, que a quantidade de associados em dia se mantinha estável desde o início deste ano – na faixa dos “dois mil e poucos”, segundo as palavras do dirigente.
Nos dois primeiros jogos em casa pela Série D da atual temporada, cada sócio teve a possibilidade de levar até três acompanhantes por R$ 20 cada. O valor cheio do ingresso foi de R$ 30 na estreia (Barra) e caiu para R$ 20 nas duas partidas posteriores (São José e Guarany), sendo que, na véspera da partida contra o São José, o preço subiu para R$ 30.
Cris pede incentivo da arquibancada
Depois do empate com o Guarany, o técnico Emerson Cris bateu na tecla da relevância do apoio dos rubro-negros. “Clamo pela ajuda dele mais uma vez. Sempre falo que o torcedor é a peça principal de todo o sistema. Ele tem que vir, nos apoiar, e é natural também cobrar. A gente precisa do torcedor nos jogos em casa para ter esse incentivo a mais”, disse.
O treinador não escondeu a realidade difícil vivida pelo clube e pediu união. “Se a torcida nos abandonar e se a sociedade do Brasil – colaboradores, sócios, conselheiros, enfim – não entender o momento, não sai dessa situação. Nossa realidade do dia a dia é muito dura. Muito dura, de coração”, afirmou.
“A gente sabe que tem uma torcida muito apaixonada por trás desse escudo. Um escudo muito pesado. O Brasil se sustenta muito por causa disso. […] É histórico: equipes que jogam em casa têm aproveitamento muito maior, e o Brasil acima de todos os outros porque aqui a torcida faz a diferença”, também disse Emerson Cris.
Públicos no Bento Freitas em 2025
- vs Guarany (18 de maio): 848
- vs São José (3 de maio): 1.528
- vs Barra (19 de abril): 1.608
- vs Avenida (15 de março): 4.110
- vs Pelotas (5 de março): 7.039
- vs São José (22 de fevereiro): 2.516
- vs Ypiranga (12 de fevereiro): 3.398
- vs São José (2 de fevereiro): 1.815
- vs Guarany (25 de janeiro): 2.743
- vs Grêmio (22 de janeiro): 6.192
Nova chance de retomada
Lanterna do grupo A8 da Série D, o Xavante volta a campo no próximo domingo, outra vez no Bento Freitas. O adversário é o Marcílio Dias, às 16h, pela sexta rodada. Até o fechamento desta edição, o clube não havia divulgado informações de ingressos.
Série D
Grupo A8
6ª rodada
Sábado (24)
18h | Barra x São José
Domingo (25)
15h | Azuriz x Guarany
16h | Brasil x Marcílio Dias
Segunda-feira
19h | São Luiz x Joinville