Estado decreta emergência por aumento nos casos de doenças respiratórias

Saúde pública

Estado decreta emergência por aumento nos casos de doenças respiratórias

Hospitalizações de crianças de até cinco anos dobraram nos últimos dias

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Estado decreta emergência por aumento nos casos de doenças respiratórias
A situação foi agravada por conta do cenário de superlotação de leitos do SUS, principalmente em Porto Alegre. (Foto: Jô Folha)

O governo do Rio Grande do Sul decretou situação de emergência, na manhã desta segunda-feira (19), por conta do aumento nos casos de síndromes respiratórias agudas graves (SRAG). A faixa etária de maior atenção, neste momento, é a de crianças com até cinco anos de idade, cujas hospitalizações dobraram nos últimos dias no Estado.

O decreto, assinado pelo governador Eduardo Leite, será publicado na terça-feira (20). A situação foi agravada por conta do cenário de superlotação de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente na capital gaúcha, que já havia decretado emergência na sexta-feira (16).

De acordo com o governo gaúcho, a medida permite que os municípios tenham acesso facilitado para ações emergenciais, como contratação de profissionais da saúde ou compra de insumos. Além disso, o Estado e os municípios podem buscar financiamento com o Ministério da Saúde para leitos direcionados para SRAG, para pacientes com problemas respiratórios.

A validade do decreto é de 120 dias, que passará a contar a partir da data de publicação.

O que é SRAG?

A síndrome respiratória aguda Grave (SRAG) abrange casos de síndromes gripais que evoluem com comprometimento da função respiratória. As causas podem ser influenza, covid-19, entre outros vírus respiratórios.

Por conta de ser uma das principais causas de internações por SRAG, o governo do Rio Grande do Sul ampliou para toda a população a vacinação contra gripe.

Até o momento, o Rio Grande do Sul registrou 37 mortes em decorrência da infecção pelo vírus influenza no ano. Destas, 25 foram entre idosos e duas entre crianças abaixo dos cinco anos de idade.

Situação na região sul

Dados atualizados do Ministério da Saúde (MS) até o sábado (17), mostram que Pelotas aplicou 30.798 doses da vacina contra influenza. No entanto, a cobertura vacinal do grupo prioritário – como crianças de seis meses a seis anos, idosos com 60 anos ou mais e gestantes – não chega a 30%. O mesmo ocorre em Rio Grande, com pouco mais de 54 mil doses aplicadas, mas apenas 26% do grupo prioritário recebeu as doses.

Em Pelotas, a vacina está disponível nas UBSs nos horários habituais de atendimento ou na Casa da Vacina, das 8h às 17h, de segundas a sextas-feiras, na rua Gonçalves Chaves, 437.

A ocupação de leitos SUS direcionados para as síndromes respiratórias é monitorada pelas coordenadorias de saúde regionais.

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