Punta Arenas e J.Ricardo vencem o 87º GP Princesa do Sul

Turfe

Punta Arenas e J.Ricardo vencem o 87º GP Princesa do Sul

Mais de seis mil pessoas foram ao Jockey Club de Pelotas neste domingo

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Punta Arenas e J.Ricardo vencem o 87º GP Princesa do Sul
Jóquei com mais vitórias no mundo, o carioca J. Ricardo agora contabiliza 13.348 vitórias na carreira (Foto: Volmer Perez)

Genial, intensa, explosiva. Assim foi a vitória de Punta Arenas, da parceria Stud Duplo Ouro e Renato Bender Castro, conduzida por Jorge Ricardo no 87º Grande Prêmio Princesa do Sul. Diante de um hipódromo lotado por 6,5 mil pessoas neste domingo (18), J. Ricardo mostrou por que é considerado um gênio do esporte e, agora, contabiliza 13.348 vitórias na carreira.

“É uma alegria muito grande estar aqui com toda essa gente e, por sorte, ter conseguido vencer o Grande Prêmio Princesa do Sul, porque eu já estava encabulado porque montei ontem [sábado], montei hoje [domingo] e a vitória não tinha vindo. E esta era a última montaria que eu tinha e, também, o páreo mais difícil e o mais lindo da tarde. E foi uma alegria muito grande quando cruzei na frente e ouvi o público gritar foi uma alegria imensa. Sempre digo quando me perguntam qual a vitória mais importante que todas as vitórias são importantes, seja o GP Latino Americano, o GP Brasil ou o GP Princesa do Sul, estou muito feliz em ter conseguido isso”, diz J. Ricardo.

Dentro da pista, J.Ricardo buscou tirar o máximo de vantagem do trajeto de 2,1 mil metros com seis curvas. “Corríamos em sétimo e oitavo lugar procurando o menor caminho e antes da reta dominou o páreo e botou para frente, foi quando apareceu o Fera do Manno e eu achei que ela [Punta Arenas] ia perder, mas ela reagiu, botou coração, botou garra e me levou à vitória”, conta.

Do alto de seus 38 GPs Princesa do Sul narrados e comentados, o comentarista de turfe Rogério Alves resume o sentimento dos fãs do esporte diante do que se viu na raia da Tablada neste domingo. “Que bom que eu consegui presenciar tamanha façanha. E como dizem no Rio, quando Ricardinho corre: encostar nele encosta, mas passar é outra história’”.

Punta Arenas disparou para a ponta, seguida de Fera do Manno, para delírio da plateia que explodiu com a disputa cabeça a cabeça até o final, com a vitória de Punta Arenas, literalmente, por uma cabeça (Foto: Volmer Perez)

Uma corrida para ser eternamente lembrada

Logo no pulo de largada, Tallarico, de Clodoaldo Lima com Vagner Montes, Quebranto, do Stud Sion, Duc Noir, do Stud A.M.L., e Atrevido da Lagoa, de Paulo Laurino, saltaram na frente e dispararam ditando o ritmo da prova. Na primeira passada pelo disco, Rocky Fon, do Stud Casablanca com Ricardo Dornelles, assumiu a ponta dando pinta de que dominaria a prova.

A esta altura, Punta Arenas seguia na sexta posição apartada do grupo que liderava a prova, mas buscando o caminho da cerca em todas as curvas. Faltando 800 metros para o final, Rocky Fon liderava, seguido por Callejero, do Stud Kategoria, e Duc Noir. Na entrada da curva do aeroporto, Callejero tomou a ponta puxando o grupo. Em quinto, Punta Arenas mudava a rota e procurava a parte de fora da pista iniciando seu ataque fatal. 

Na entrada da reta final, Quebranto, Callejero e Ertugrul Bei, do Stud Sion, brigavam pela ponta pelo lado de dentro com Punta Arenas e Fera do Manno, do Stud Lobão de Pelotas, atropelando por fora. Foi quando Punta Arenas disparou para a ponta, seguida de Fera do Manno, para delírio da plateia que explodiu com a disputa cabeça a cabeça até o final, com a vitória de Punta Arenas, literalmente, por uma cabeça.

Ao proprietário, os louros e as lágrimas

Filho do ex-presidente do Jockey Club de Pelotas, Sidney Rocha Castro – homenageado no primeiro páreo do domingo -, o médico Renato Bender Castro explodiu em lágrimas e alegria com a vitória inédita para uma família que está há mais de cinco décadas no turfe. 

“É uma emoção muito grande porque tivemos a prova em homenagem ao meu pai e ganhamos o Princesa, uma prova que ele sempre tentou mas nunca conseguiu ganhar. Cresci aqui dentro, vi inúmeros Princesas e ganhar um é indescritível”, diz.

“Uma prova como essa, com seis curvas, não existe no Brasil e isso exige uma perícia incrível do jóquei e o que tivemos aqui foi uma aula do J. Ricardo. Ver isso não tem preço”,  afirma o coproprietário de Punta Arenas, Ricardo Felizzola, do Stud Duplo Ouro. 

Outras provas clássicas e seus vencedores

O festival do 87º GP Princesa do Sul teve um total de dez páreos, sendo quatro clássicos. Dois deles foram vencidos pelo Stud Sion de Belo Horizonte: o GP Jockey Club do Rio Grande do Sul (Milha), disputado no sábado com Obcecado montado por Leonardo Fonseca e o GP Velocidade, com Qatar do Iguassu montado por Dylan Machado, que fez um hat-trick nos dois dias de evento. O Stud Sion, aliás, fechou o final de semana com quatro vitórias.

O GP Turfe Pelotense, destinado apenas a animais com dois anos, foi vencido por Osco de Amílcar Pereira.

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