A tradição de 130 anos em ensinar é renovada diariamente no Colégio Gonzaga. Conteúdos alinhados às problemáticas atuais do mundo, componentes curriculares voltados ao desenvolvimento de habilidades e da inteligência emocional, além de atividades extracurriculares que promovem o respeito e o acolhimento à diversidade, tornam a proposta pedagógica atualizada e conectada com as novas formas de aprender e ensinar.
À frente da coordenação pedagógica, a pedagoga Adriana Rosinha acredita que o principal diferencial da escola é a associação entre um projeto de formação intelectual e humanística. Atuando há 21 anos no Gonzaga, Adriana foi uma das responsáveis pelas mudanças implantadas rumo a um ensino que valoriza o protagonismo dos estudantes.
“A essência é preocupar-se com esse aluno, com esse sujeito; que ele seja feliz, que seja capaz de se perceber e de viver em comunidade”, diz. Desde as séries iniciais — o colégio recebe alunos a partir de um ano e três meses, na Educação Infantil —, a vivência escolar é estruturada a partir de campos de experiência como: o eu, o outro e o nós; corpo, gestos e movimentos; traços, sons, cores e formas; escuta, fala, pensamento e imaginação; espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
Nos anos iniciais, que compreendem do 1º ao 5º ano, a educação é voltada ao desenvolvimento da autonomia e à construção do conhecimento. Já nos anos finais, destaca-se a formação de atitudes e valores, além do domínio de diferentes linguagens. No ensino médio, o foco é a preparação para o futuro, com orientação vocacional, provas e simulados voltados ao aprimoramento das competências intelectuais e emocionais.
Segundo Adriana, o Gonzaga acolhe crianças que estão dando seus primeiros passos na escola e as acompanha até a conclusão do ensino médio. “Nossa proposta é contribuir para que esse ser humano cresça, evolua, seja protagonista da sua aprendizagem e possa fazer suas escolhas futuras”, afirma.
Projetos de ensino
Com uma matriz de ensino bem definida, a proposta do colégio é desenvolver conteúdos interdisciplinares que transitem por todos os componentes curriculares. Temas de relevância social ganham destaque nessas atividades. Um exemplo é o debate sobre a importância do respeito como base para uma convivência harmoniosa.
A partir dessa abordagem, trabalha-se a noção de diversidade. “Somos muitos, cada um com seus valores, com sua cultura, com sua história, com sua família”, complementa Adriana. A inteligência socioemocional dos estudantes também é desenvolvida por meio de iniciativas como gincanas para arrecadação de alimentos e vestuário.
Estudante como protagonista
A ideia do estudante como protagonista do próprio processo de aprendizagem é desenvolvida a partir da atuação do professor como mediador. Leva-se em consideração o conhecimento prévio do aluno no planejamento das atividades e na geração de novos aprendizados.
Outro ponto enfatizado pela escola, segundo Adriana, é o exercício da coletividade, promovido por meio de Olimpíadas e gincanas que incentivam a interação entre alunos de diferentes turmas. Temas como inteligência emocional são trabalhados com base na contribuição do psiquiatra e escritor Augusto Cury. Questões como: “o que eu sinto?”, “como percebo esse sentimento?”, “como pensar a partir da perspectiva do outro?” e “o que é empatia?” são abordadas de forma sistemática.
Outro projeto de destaque trata da gestão de conflitos. A partir da formação de miniconselhos, pautas conflituosas são discutidas até que se chegue, coletivamente, a uma solução. Entender como o aluno aprende, se expressa e quais temas despertam seu interesse é uma prática diária dos professores do colégio, explica Adriana.
“Esse é o maior desafio da educação hoje: pensar quem é esse aluno e o que o motiva a aprender. Cada componente curricular busca desenvolver uma determinada inteligência”, explica.
Trajetória de carinho
Por conhecer bem a estrutura do colégio, Adriana escolheu o Gonzaga como espaço de formação educacional para seu filho Heitor, de 16 anos, atualmente no 2º ano do ensino médio. Ela conta que, hoje, a principal preocupação do filho é aproveitar ao máximo seus últimos anos na escola, seu principal espaço de convivência desde a infância.
“Como mãe, consigo perceber isso no meu filho: o quanto ele aprendeu e construiu — não só em termos de saberes, mas também de ferramentas para a vida e para as escolhas que deseja fazer”, afirma.
Dentro de casa, Adriana acompanha de perto o processo de ensino-aprendizagem de Heitor, que vai além dos conteúdos ministrados em sala de aula e influencia outras decisões da sua vida. Parte do mérito, segundo ela, é do corpo docente da escola, frequentemente lembrado pelos alunos como o principal diferencial do Gonzaga.
A formação e a constante atualização dos professores são fundamentais para fortalecer a conexão com os alunos. “Temos uma relação muito saudável entre alunos e professores, pautada numa comunicação assertiva e numa pedagogia bastante positiva”, destaca.
21 anos de histórias
Adriana relembra que iniciou sua trajetória no Colégio Gonzaga como professora, em 2004, junto à nova direção que assumiu após a saída dos Irmãos Lassalistas. Ela recorda o período de transição como um momento decisivo de renovação: “Começamos com uma equipe muito engajada, que queria ver o colégio dar certo, que não queria que ele fechasse as portas”, lembra.
O projeto pedagógico foi reconstruído com a participação de professores e da comunidade escolar, que ajudaram a reerguer a instituição. “O projeto acreditava no potencial da história do colégio e tinha tudo para dar certo. E realmente deu. Desde então, a escola só vem crescendo.”
A aposta em tecnologia na segunda etapa, juntamente com o uso de materiais didáticos diferenciados, também contribuiu para o aumento do número de alunos. “Isso fez a diferença no imaginário dos nossos alunos e da nossa comunidade”, ressalta.
Além do crescimento no número de estudantes, o Gonzaga também tem se destacado pelos resultados alcançados pelos seus egressos, tanto profissionalmente quanto como representantes de causas e comunidades que escolheram apoiar. “Trabalhamos para que eles possam fazer escolhas assertivas e serem felizes no futuro”.