O maior escultor do Rio Grande do Sul nasceu em Pelotas

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

O maior escultor do Rio Grande do Sul nasceu em Pelotas

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Há 120 anos

Um dos mais prestigiados escultores do país em sua época, o pelotense Antonio Caringi (1905-1981) se estivesse vivo completaria neste domingo, dia 18, 120 anos. A carreira de sucesso foi iniciada cedo, aos 20 anos, e o levou para a Alemanha onde estudou na Academia de Belas Artes de Munique, a partir do final da década de 1920. A data será celebrada em Pelotas com uma exposição do Ágape, espaço de arte, a partir de segunda-feira (ver matéria da editoria de Cultura). 

A partir da década de 1940, quando retornou ao Brasil, Caringi se dedicou a confeccionar grandes monumentos que estão espalhados por diferentes cidades gaúchas, além de cidades como Rio de Janeiro e Salvador. No Estado, Caringi é o autor da estátua O Laçador, de Porto Alegre, inaugurada em 20 de setembro de 1958. Atualmente esta obra é símbolo oficial da capital do Estado. 

Entre as obras do artista que estão em Pelotas, as mais conhecidas são a estátua do Coronel Pedro Osorio, que dá nome a praça do Centro Histórico do Município, e Sentinela Farroupilha, também conhecido como Sentinela da Pátria  e Bombeador, e a da praça do Colono.

O artista tinha residência fixa em Pelotas desde 1942, mas chegou a manter ateliers em São Paulo e no Rio de janeiro. Foi casado com a poetisa pelotense Noemi Assumpção Osório, com quem teve seis filhos: Fernanda, Antônia, Leonardo, Ângela, Glória e Rita. 

Também foi professor, entre 1952 a 1980, da disciplina de Escultura na Escola de Belas Artes de Pelotas, atual Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Em 1977 foi inaugurado seu último trabalho ao ar livre, uma homenagem ao médico e político gaúcho Raul Pilla.

Arte funerária

Em sua tese de doutorado, intitulada A obra monumental de Antonio Caringi: narrativas e documentação, a restauradora Isabel Halfen Torino, lembra que o escultor também se dedicou à arte funerária com igual sensibilidade. A doutora em Memória e Patrimônio destaca o monumento funerário Oferenda, o único exemplar desta categoria, entre as obras produzidas por Antonio Caringi em Pelotas. 

O trabalho foi criado para homenagear a irmã do escultor, Hilda Sica Caringi, que morreu precocemente em 1942, antes de completar 26 anos. “Este é o único trabalho em espaço aberto em que Caringi utilizou o mármore travertino em substituição ao granito”, salienta Isabel. 

“O visitante que investir em uma incursão à parte antiga do Cemitério de Pelotas, terá a oportunidade de, ao contemplar essa obra, conhecer um pouco mais sobre o perfil artístico de Antonio Caringi, um estatuário que, além de considerado como o maior escultor do Rio Grande do Sul entre as décadas de 1930 e 1950, constitui-se, para mim, em um dos mais sensíveis e talentosos artistas plásticos que já conheci”, comenta a pesquisadora.

Há 100 anos

Aniversário de José Barbosa Gonçalves é saudado pela imprensa local

O engenheiro e político José Barbosa Gonçalves foi saudado pela passagem de seu aniversário pela imprensa local em 17 de maio de 1925. Naquele ano Gonçalves completou 65 anos. O jaguarense era e irmão de Carlos Barbosa, que foi presidente do Rio Grande do Sul entre os anos de 1908 e 1913 e senador pelo mesmo estado de 1920 a 1929.  

No campo político, fundou durante o Império, com Álvaro José Gonçalves Chaves e outros, o Clube Republicano 20 de Setembro, de Pelotas, e tornou-se membro do Partido Republicano Rio-Grandense (PRR), fundado em 1882. Depois da proclamação da República, no primeiro governo de Júlio de Castilhos (15 de julho a 12 de novembro de 1891), serviu na Secretaria de Obras Públicas como diretor de Viação do estado, entre outros cargos.

Em 1892 foi nomeado intendente de Pelotas. Entre os anos de 1898 e 1902, no governo de Borges de Medeiros (1898-1908), foi secretário da Fazenda. Foi ainda secretário do Interior, interino da Fazenda e secretário das Obras Públicas. Quando seu irmão Carlos Barbosa foi eleito presidente do estado, em 1908, julgando-se moralmente incompatibilizado, abandonou a administração pública. No mesmo ano, porém, foi novamente eleito intendente de Pelotas. Morreu em 1940, no Recife. 

Fonte: jornal Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; fundação Getúlio Vargas

Há 50 anos

Estreia em Pelotas espetáculo premiado

O auditório da Escola Técnica recebeu nos dias 17 e 18 de maio de 1975 a peça infantil A bruxinha Doroteia, premiado como melhor espetáculo do gênero no Estado em 1974. A autoria era de Milton Negri e a produção do grupo Prod. Teatrais, de Porto Alegre.

O espetáculo recebeu também o prêmio Ex-Cada, concurso realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A direção era de Carlos Carvalho e a atriz Sônia Pellegrino fazia a Doroteia. O enredo contava as aventuras da bruxinha no país dos Redondinhos. 

Fonte: jornal Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

 

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