A agilidade com que a quadrilha que aterrorizava arrozeiras na região foi desarticulada em operação integrada entre forças de segurança mostra um grande valor da Zona Sul, e especificamente Pelotas: agimos rapidamente para garantir a segurança. Desde o advento do Pacto Pela Paz, os indicadores caem. Por mais que haja críticas e dúvidas, é inegável que Pelotas é hoje uma cidade segura de se viver. E grande parte disso vem da integração entre administração pública, Ministério Público e forças policiais.
Rio Grande embarcou recentemente em uma vertente positiva nesse sentido. Há pouco tempo era a cidade mais violenta do Estado e conseguiu rapidamente travar os índices e iniciar um recuo, com a desarticulação dos grupos criminosos e ações de conscientização, incentivo e formação de pessoas. Situação similar ao que Pelotas faz desde 2017, no governo Paula Mascarenhas e acertadamente mantido por Fernando Marroni. Não cabe mexer no que está dando certo.
Diante disso tudo, é preciso reconhecer o trabalho feito pelas lideranças locais. Sempre cobrados e criticados, hoje somos reconhecidamente uma região tranquila, e isso garante qualidade de vida, potencialidade econômica e possibilidades de avanços em outras frentes. É certamente um chamariz para turismo, por exemplo. E o fato de não deixarmos o crime “se criar”, com solução rápida, como no caso da quadrilha violenta dos fios, é um ótimo indicador. É sinal de que não é sorte ou acaso, como muitos ainda tentam rotular os avanços.
Agora, o grande desafio é levar tudo isso para os casos de feminicídio, ainda o calcanhar de Aquiles da segurança pública. Também por ser algo passional, difícil de prever. Para tanto, é preciso que o foco passe pela educação e conscientização. Formação de pessoas realmente melhores, para que a vida das mulheres não seja mais vista como descartável ou até como inferior, como tantos teimam em ainda considerar. Se isso for alcançado, podemos realmente dormir tranquilos.