O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) referente a 2023 aponta que os Municípios da Zona Sul do Estado estão divididos entre desenvolvimento socioeconômico moderado e baixo. O estudo, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), acompanha os indicadores das mais de cinco mil cidades brasileiras em três áreas: Emprego & Renda, Saúde e Educação. Entre as disparidades, Pedras Altas e Capão do Leão estão com o índice na Educação em situação crítica, que vai até 0,4 pontos. Na outra ponta, Chuí e Aceguá aparecem com nível alto para Emprego & Renda – entre 0,8 e 1 -, e Arroio do Padre, em Saúde.
Nas duas maiores cidades da Zona Sul do Estado, Pelotas e Rio Grande, a área de educação ainda é um desafio, pois enquanto os dois municípios apresentam IFDM moderado, nessa área apresentam 0,57 e 0,53 respectivamente, ou seja, nível abaixo, segundo a metodologia usada para a pesquisa. A prefeitura de Pelotas informa, por meio da Secretaria de Comunicação, que em uma perspectiva histórica, ou seja desde 2013, os dados do IFDM indicam que o município mantém certa estabilidade, porém o indicador relativo à Educação permanece como um desafio prioritário.
Diante disso, realiza um diagnóstico detalhado e estruturando um planejamento estratégico voltado à melhoria dos serviços públicos, especialmente no setor educacional. “As ações incluem capacitação contínua dos servidores, investimentos em infraestrutura adequada e a implementação de soluções tecnológicas inovadoras, visando resultados efetivos e sustentáveis que possam ser claramente percebidos nas próximas avaliações”, adianta o prefeito Fernando Marroni (PT). Rio Grande não conseguiu retornar a tempo do fechamento da edição.
Em alerta
Em Cerrito, todos os indicadores estão em nível baixo e o prefeito José Flávio Vieira (PP) diz que esse indicador é um importante termômetro para o desenvolvimento da cidade em áreas cruciais como educação, saúde e emprego e renda. “Estamos trabalhando diariamente para fortalecer cada um desses pilares. Na Educação, investimos em nossos alunos e professores para garantir um futuro promissor. Na saúde, nosso foco é ampliar o acesso e a qualidade dos serviços para todos”, esclarece. No setor de geração de emprego e renda, Vieira busca criar um ambiente propício para o crescimento e novas oportunidades. “O IFDM é um guia, e nosso compromisso é continuar avançando.”
A pesquisa, realizada este ano com base nos dados de 2023, tem como metodologia retratar com mais precisão a realidade brasileira, contemplando problemas históricos e novos desafios emergentes. Foram revisados parâmetros, peso dos indicadores e metas. De acordo com a Firjan, os resultados não colocam em xeque somente as gestões municipais e consideram que o desenvolvimento local depende da ação conjunta das três esferas de governo. Os dados são obtidos com fontes oficiais, sendo que o período é de um ano.
Leitura do IFDM
O índice varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1 maior o desenvolvimento socioeconômico da localidade.
- Municípios com IFDM entre 0,0 e 0,4: Desenvolvimento Crítico
- Municípios com IFDM entre 0,4 e 0,6: Desenvolvimento Baixo
- Municípios com IFDM entre 0,6 e 0,8: Desenvolvimento Moderado
- Municípios com IFDM entre 0,8 e 1,0: Desenvolvimento Alto.
Confira o resultado geral dos municípios
Aceguá: 0,62
Arroio do Padre: 0,62
Amaral Ferrador: 0,48
Arroio Grande: 0,57
Candiota: 0,53
Canguçu: 0,60
Capão do Leão: 0,53
Cerrito: 0,46
Chuí: 0,65
Herval: 0,52
Jaguarão: 0,59
Morro Redondo: 0,67
Pedras Altas: 0,55
Pedro Osório: 0,49
Pelotas: 0,67
Pinheiro Machado: 0,57
Piratini: 0,56
Rio Grande: 0,65
Santa Vitória do Palmar: 0,64
Santana da Boa Vista: 0,50
São José do Norte: 0,60
São Lourenço do Sul: 0,62
Turuçu: 0,65