Para celebrar o aniversário do Museu de Ciências Naturais Carlos Ritter, da Universidade Federal de Pelotas (MCNCR/UFPel), começa hoje uma nova exposição na entidade. A atividade apresenta a história da instituição e sua importância no âmbito da pesquisa, ensino e preservação do patrimônio natural. A abertura será às 18h30min, na praça Coronel Pedro Osório, 1, e a visitação pode ser feita até 2 de agosto, inclusive neste final de semana, dentro da Semana Nacional de Museus. A entrada é gratuita.
A exposição Museu Carlos Ritter: 55 anos entrelaçando memórias e tecendo saberes apresenta aspectos relacionados à trajetória do MCNCR, suas coleções, sua relação com a cidade de Pelotas. Também estão em destaque alguns depoimentos de pessoas que passaram pelo museu e as diferentes formas que uma instituição de ciências pode se conectar à vida das pessoas.
“A exposição é sobre o museu e a relação dele com a cidade”, explica a museóloga Lisiane Gastal Pereira. Serão duas salas dedicadas a essa celebração. Nelas os visitantes vão conhecer um pouco mais sobre a atuação do empresário Carlos Ritter, que fomentava atividades culturais e filantrópicas na cidade.
Também sobre o interesse dele pelas aves e como esse acervo ornitológico dele chegou à UFPel. “É um acervo super curioso que chama atenção, tanto as aves (taxidermizadas) quanto os quadros, e como que hoje em dia a gente usa esse acervo para despertar o interesse das pessoas para a ciência”, comenta Lisiane.
Desde março, por meio de uma ação, foram colhidos depoimentos de pessoas da comunidade sobre suas lembranças relacionadas ao museu. Parte deste material estará também nesta mostra.
O acervo atende o tripé universitário (ensino, pesquisa e extensão). Local interdisciplinar, o funcionamento do museu conta com alunos de diferentes áreas da universidade, de cursos como o Museologia, Turismo e Biologia, entre outros. Lisiane ainda comenta que a instituição ainda serve como fonte de pesquisa para estudantes dos ensinos fundamental e médio.
Acessibilidade
Ontem foram entregues os novos recursos de acessibilidade ao Museu. Esse material foi desenvolvido pelo Laboratório de Ensino de Ciências e Biologia (Lencibio) e o Programa de Educação Inclusiva, da UFPel.
Lisiane destaca o esforço da administração do museu para torná-lo cada vez mais acessível, por exemplo, com instalação de uma plataforma elevatória e uma entrada especial para quem tem problemas de mobilidade. “Temos um parceiro que é deficiente visual, o Leandro Pereira, que produz jogos acessibilidades, redes com descrição das imagens”, fala.
Todos os semestres os voluntários são treinados na questão da acessibilidade longitudinal. “A gente fala muito da evolução das aves, da adaptação de bicos e patas a diferentes nichos ecológicos e como a gente explica isso”, diz a museóloga. Por isso foram impressos em 3D cabeças e patas de aves, que poderão ser manuseadas pelos visitantes. Também foram instalados QR codes com audiodescrição e libras, além de o museu ter recebido bolsas sensoriais para crianças autistas. “É um material bem amplo e ficou bem bacana”, diz Lisiane.