Com menos de um mês de diferença, a América Latina perdeu dois de seus maiores ícones deste século 21, o Papa Francisco e Pepe Mujica. O primeiro, o argentino que foi líder máximo da igreja Católica, o segundo, um político uruguaio ateu, preso por uma ditadura.
Apesar das diferenças, ambos deixaram um legado parecido: o compromisso com a humanidade e a simplicidade.
Em uma era marcada pela divisão e pelo ódio, Francisco e Mujica espalharam uma mensagem de união e amor fraterno transcendendo barreiras ideológicas.
Mesmo vivendo quase 90 anos, os dois se mostraram abertos para compreender a evolução da sociedade, sem se isolar em gabinetes envoltos em luxo.

Pepe Mujica visitou o Papa Francisco após o conclave em 2013 (foto: divulgação)
Pepe Mujica foi um político reconhecidamente de esquerda, mas mesmo seus adversários e críticos reconhecem sua integridade e honestidade.
Enquanto corruptos e demagogos empobrecem a política e afastam a população, o uruguaio mostrou que é possível fazer uma política pacífica e preocupada com a sua população.
Os legados do Papa e do Pepe continuarão vivos e servindo de inspiração para os jovens, não apenas na religião e na política, mas em toda nossa vida em sociedade. Que os líderes do futuro se espelhem em suas histórias e sejam embaixadores da paz.